Tradicionalmente, quando a Vai-Vai invade a avenida do sambódromo do Anhembi, uma gama de sentimentos é despertada, reflexo de uma história rica em glórias, títulos e nomes que se tornaram pilares do Carnaval. Entre esses momentos memoráveis, destaca-se a passagem, há mais de duas décadas, do furacão chamado Ivi Mesquita.
A jornada artística de Ivi teve início aos sete anos, acompanhando sua mãe, Rita Mesquita, em seu grupo de teatro. Desde então, a bailarina desenvolveu um domínio corporal que, até hoje, provoca histeria nas arquibancadas e frisas durante suas performances.
Produtora de eventos e formada em Comunicação e Artes do Corpo pela PUC-SP, Ivi Mesquita, com seus 1,75m de altura, preenche cada espaço a ela destinado em coreografias que são originais e, por vezes, surreais, transformando o desfile da Vai-Vai em um espetáculo à parte.
Sua estreia no Carnaval ocorreu no histórico desfile da Leandro de Itaquera em 1989, e desde então, a avenida se tornou seu palco. Em 1998 e 1999, participou do concurso de Rainha do Carnaval, sendo eleita princesa em ambas as edições. O ápice veio em 2001, quando conquistou o tão almejado título de Rainha do Carnaval Paulistano. Sua versatilidade também se estendeu à televisão, onde, em 2004, permaneceu 66 horas acordada e ganhou dois carros na segunda edição do reality show “Tá na Mão“, da Band.
Em 2008, Ivi Mesquita foi a antecessora de Camila Silva à frente da bateria da escola da Bela Vista. Figura notória no Carnaval, Ivi não apenas samba; ela oferece um verdadeiro show com seus passos precisos, gestos elegantes e seus famosos movimentos performáticos, que se tornaram sua marca registrada.
Daqui há um mês Ivi estará comemorando Bodas de Alamo do Vai Vai com a sua Comunidade, em desfile que promete festejar os títulos da agremiação e a glória na luta pela volta a elite do carnaval paulistano. E mais uma vez promete incendiar a avenida com sua apresentação mágica.
Alexandre Dumas Filho escreveu que “A mulher – é o anjo e o diabo num só corpo“, e assim é Ivi Mesquita. Angelical no samba, infernal em cena no palco do Anhembi.
