Durante o evento de divulgação da sinopse do enredo “Lonã Ifá Lukumi” para o Carnaval de 2026, que explorará a redescoberta de uma religião afro-cubana no Brasil, o carnavalesco do Paraíso do Tuiuti, Jack Vasconcelos, promoveu uma significativa reflexão sobre seu último trabalho na escola. Em 2025, Vasconcelos levou para a avenida a história de Xica Manicongo, uma africana escravizada no século XVI, considerada a primeira mulher trans documentada no Brasil, que desafiou as normas de gênero de sua época.

Em suas declarações, o carnavalesco enfatizou o impacto positivo de abordar a temática trans no palco do carnaval e o debate que suscitou na sociedade. “Foi muito positivo trazer a discussão da pauta travesti no Carnaval e para a sociedade debater,” declarou Vasconcelos.
O carnavalesco também destacou a integração e segurança da comunidade travesti dentro da escola durante o processo para o Carnaval de 2025, um cenário que se mantém para o próximo ano, mesmo com um enredo de temática diferente. “Só de ver durante o processo para o Carnaval de 2025, a comunidade travesti dentro da escola, completamente integrada e em segurança e hoje a gente continuar vendo a comunidade dentro da escola, com o enredo não mas sobre elas, e elas ainda podendo participar e se sentindo parte da comunidade da escola, isso é maravilhoso.“
Vasconcelos ressaltou a missão do projeto Xica Manicongo de promover a harmonia e o respeito à diversidade na sociedade, um legado que transcendeu o desfile. “Projeto da Xica Manicongo, ele tinha esta missão, de mostrar para a sociedade que é possível viver em harmonia e respeitando a diferença. Isso foi maravilhoso e está sendo ainda. A Xica Manicongo não parou, ela não acabou ali no fim do desfile.”
Com a apresentação do enredo “Lonã Ifá Lukumi” para 2026, o artista demonstra a continuidade do compromisso do Paraíso do Tuiuti em abordar temas culturais relevantes e promover a reflexão através da arte do carnaval.