Neste Domingo, dia 28 de abril, a Estação Primeira de Mangueira completa 96 anos de uma história épica no samba carioca. Segunda maior vencedora do carnaval do Rio de Janeiro, com 20 títulos, a verde-rosa é sinônimo de tradição, paixão e grandes conquistas.
Fundada em 1928 por sambistas do morro de mesmo nome, a Mangueira surgiu das manifestações culturais e religiosas características de escravos alforriados e seus descendentes. O candomblé, a umbanda e os terreiros, como o de Tia Fé, serviam como espaços de fé e confraternização, onde o batuque dos atabaques já prenunciava o ritmo contagiante do samba que viria a dominar as ruas do Rio de Janeiro.
Em 1929, a Estação Primeira participou do primeiro concurso de samba, marcando o início de sua trajetória como escola de samba. Inconfundível na avenida pelo mar verde e rosa de suas fantasias, a Mangueira também é reconhecida por sua bateria, que mantém, desde a sua fundação, uma única marcação, com o surdo de primeira.
Ao longo de sua história, a Mangueira colecionou momentos memoráveis, como ser a única escola a desfilar nos dois sentidos da avenida em um mesmo desfile, em 1984, quando foi aclamada Super-Campeã.
A verde-rosa também se destaca por ter sido a primeira escola a criar uma ala de compositores, contando com uma galeria de poetas inesquecíveis como Carlos Cachaça, Cartola, Nelson Sargento, Hélio Turco, Pelado, Tantinho, Jurandir, Ivo Meirelles, Jr. Fionda e Lequinho.
A Mangueira é um verdadeiro celeiro de bambas que despontaram e inspiraram lindas obras decantadas em todo Brasil. Entre as personalidades que marcaram a história da escola, podemos citar Dona Zica, Dona Neuma, Jamelão, Luizito, Alcione, Beth Carvalho, Delegado, Leci Brandão, Rosemary, Serginho do Pandeiro, Gigi da Mangueira e Tania Indio do Brasil.
Com 96 anos de glórias, a Estação Primeira de Mangueira se consolida como uma das mais importantes instituições culturais do Brasil.
