RJ – Axé de Milton na Santa Cruz, Xirê na Unidos de Padre Miguel e Pequena Africa de Vigário Geral, ilustram segunda noite da Série Ouro

Acadêmicos de Santa Cruz

Foto: Portal Sambrasil

A escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz, é a quarta à desfilar nesta quinta feira (21), na Marquês de Sapucaí. Apresentando o enredo: “Axé Milton Gonçalves”, desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho. A Santa Cruz vai coroar a atuação de Milton Gonçalves nas artes e na luta contra o preconceito, ilustrando a trajetória do ator e diretor, desde sua infância até os dias atuais.

O Enredo mescla a vida do ator com a coroação de orixás, trazendo para Marquês de Sapucaí sua trajetória de luta e sucesso. A Acadêmicos de Santa Cruz realizou uma justa homenagem ao ator, cantor e diretor Milton Gonçalves, mas peca em evolução, falha na harmonia e abre clarão na avenida. Pontos de destaque da verde e branca da Zona Oeste, foram a Bateria de Riquinho, Comissão de frente e Alegorias.

Unidos de Padre Miguel

Foto: Reprodução Riotur

Unidos de Padre Miguel, foi a quinta escola à desfilar na noite de hoje, quinta feira (21), trazendo para avenida o enredo: “Iroko – É Tempo de Xirê” desenvolvido pelo carnavalesco Edson Pereira.

A escola falou sobre a força de Irôko, orixá do tempo, desvendando a história do orixá encantado na gameleira, a representação do conhecimento através dos séculos. Segundo o carnavalesco da escola Irôko foi colocado como enredo com a finalidade de mostrar a importância do conhecimento, da cultura e suas raízes para todos. Exaltando o Ioruba a UPM, trouxe a representação de um povo e do seu axé para a avenida. Com um inicio impactante e arrebatador a vermelha e branca da Zona Oeste levou o público ao delírio, incendiando a avenida. Entretanto, justamente a primeira alegoria da escola apresentou problemas. Um clarão se abriu entre os setores 6 e 8 e podem tirar a escola da disputa pelo título. Alguns detalhes foram notados, tais como, a maquiagem das alas, a escola mostrou cuidado com cada detalhe cênico, trazendo um figurino impecável. Outros quesitos se destacaram durante o desfile, como o bailado do primeiro casal de mestre sala e porta bandeira, Vinicius Antunes e Jéssica Ferreira, comissão de frente e o canto forte e vibrante da escola.

Acadêmicos de Vigário Geral

Foto: Reprodução Riotur

A sexta escola a desfilar no segundo dia da Série Ouro foi a Acadêmicos de Vigário Geral, trazendo para avenida o enredo: “Pequena África: Da Escravidão ao Pertencimento – Camadas de Memórias entre o Mar e o Morro, desenvolvido pelo trio de carnavalescos Alexandre Costa, Marcus do Val e Lino Sales.

A escola entra na avenida trazendo um enredo histórico, iniciando com a chegada dos escravos no Rio de janeiro. A construção da vida social para eles e para a cidade, levantando um questionamento sobre o que mudou desde do início até os tempos atuais.

Um desfile que começou promissor e surpreendeu na avenida, relembrando vários casos de mortos pela violência urbana, sobretudo no Rio. A escola enumerou vítimas negras de operações policiais ou outros episódios de brutalidade. A comissão de frente emocionou, trazendo placas com referências a esses episódios, em meio à expressão “vidas negras importam”, popularizada por conta do movimento “Black lives matter”. Entre esses casos, estavam, por exemplo, o do congolês Moïse Kabagambe, de 21 anos, espancado até a morte em um quiosque da Barra da Tijuca. Entretanto a escola enfrentou alguns problemas causados pela locomoção de sua segunda alegoria, prejudicando um pouco de seu andamento.


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