Luto no Carnaval: Morre Gilsinho, intérprete da Portela e Tom Maior, aos 55 anos

Voz marcante da Portela desde 2006, cantor também era ícone em São Paulo; agremiações e Liesa lamentam a perda

O mundo do samba está de luto. O intérprete Gilsinho, voz marcante da Portela e da Tom Maior (SP), faleceu nesta terça-feira (30) no Rio de Janeiro, aos 55 anos de idade. A notícia foi confirmada pela agremiação de Madureira, onde ele atuava como cantor oficial desde 2006.

Segundo relatos de amigos próximos, Gilsinho havia sido submetido a uma cirurgia bariátrica na última semana e sofreu complicações posteriores. As causas oficiais da morte, no entanto, ainda não foram detalhadas.

Alma Portelense e Voz de Tradição

A Portela decretou luto oficial de três dias em respeito à memória do artista, que era considerado a “alma portelense”. A agremiação destacou que Gilsinho “embalou momentos inesquecíveis, emocionou gerações e marcou profundamente o Carnaval do Brasil.”

Com sua voz potente e cativante, Gilsinho defendia o grito de guerra “Vai na Ginga, Portela!” e foi responsável por interpretações emocionantes, como a de “Maria Maria” na homenagem a Milton Nascimento, e pontos para orixás como Xangô.

Paixão e Recomeço na Tom Maior

No Carnaval de São Paulo, Gilsinho também tinha uma trajetória de grande importância. A Tom Maior emitiu uma nota de pesar ressaltando a dedicação do cantor, que “escolheu ficar” mesmo após o rebaixamento da escola em 2024.

“Ficou para reerguer, para devolver à Tom Maior o brilho que nunca se apagaria. Em 2025, subiu junto, como quem sobe não só de grupo, mas de esperança”, declarou a escola, emocionada com a perda de um artista que demonstrou total entrega à comunidade.

Condolências e Legado

A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) se manifestou com “profunda tristeza” pela partida do “exponente” do Carnaval, destacando que sua voz ficará eternizada na história da Avenida.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também portelense, lamentou a perda em suas redes sociais: “Como poucos ele transformava as letras e melodias em uma experiência coletiva. O ‘maestro vocal’ da nossa Portela nos deixou de maneira inesperada hoje. Gilsinho vai fazer muita falta ao carnaval carioca! Vá em paz meu irmão!”

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