Justificativas da LIESA/Riotur chamam atenção para o academicismo excessivo exigido pelos jurados que avaliam uma competição de origem popular, com enredos que dão visibilidade à cultura popular, especialmente a negra e com sambas que buscam valorizar o cotidiano das comunidades cariocas
Avaliamos as justificativas quesitos por quesito da Unidos do Porto da Pedra, escola que foi a mais penalizada com o rebaixamento.
Justificativas para as 4 notas 9,8 em fantasia: falta de flores e beleza, “representação estereotipada eurocêntrica africana”; O cabo de sustentação aparente, a falta de impacto visual e o excesso de efeitos especiais, tiram 4 décimos da comissão de frente.
Monotonia, falta de criatividade, materiais baratos e até pânico em componentes, foram as justificativas usadas para menos 8 décimos em alegorias/adereços; Falta de energia, giro lento, fantasia ruim, dança sem impacto são alguns dos motivos que levaram o casal a perder 5 décimos.
Impressão de tamborins e chocalhos, falta de cadência, fantasia atrapalhando o ritmista, justificam menos 4 décimo em bateria; Buracos aparecem 16 vezes nas justificativas do quesito evolução que recebeu três notas 9,6 e uma 9,7 perdendo 12 décimo.
Difícil leitura, falta da cor azul no desfile e citação do autor do livro Lunário Perpétuo faz júri apontar três 9,8 e um 9,7 em enredo.
Canto incompreensível, desafinação e má dicção do carro de som, falta de empolgação são motivos de menos 6 décimos em harmonia; Para 2 jurados o samba-enredo é prefeito, mas para outros tinha muita rima terminada em “ar” portanto ganhou um 9,8 e um 9,9.