Grandes agremiaçoes carnavalescas do Rio se manifestaram sobre o brutal assassinato do congolês Moïse Kabagambe no Rio de Janeiro.
Moïse se mudou da República Democrática do Congo em 2011 com a mãe e os irmãos, como refugiado político, para fugir da guerra e da fome.
O rapaz de 24 anos foi espancado até a morte no dia 24 de janeiro, depois de cobrar o pagamento de duas diárias atrasadas no quiosque onde trabalhava na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Três homens foram presos.
Beija Flor, Portela e Salgueiro, que vão abordar a temática contra o preconceito em seus enredos no carnaval de 2022, se manifestaram nas redes sociais repudiando o crime que causou tristeza e indignação não só no Brasil, mas também entre a comunidade internacional.
Em 2022 a Beija Flor vai levar para a avenida o enredo “Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor“. A proposta é “enaltecer as glórias e as histórias dos negros”, sem deixar de abordar a luta contra o racismo. A Portela, dona de 22 títulos do carnaval carioca, vai apresentar o enredo “Igi Osè Baobá”, que promete retratar a simbologia dos baobás, árvores gigantescas e milenares originárias da África. O Salgueiro apresentará o tema “Resistência”, retratando locais do Rio de Janeiro marcados como pontos importantes de resistência cultural preta.