Coube ao boi bumbá Caprichoso encerrar a último dia do 54º Festival Folclórico de Parintins.

Coube ao boi bumbá Caprichoso encerrar a último dia do 54º Festival Folclórico de Parintins, quando a imagem de Cristo trouxe o touro negro para a terceira e última noite, ao som da toada “Um canto de esperança para Mátria Brasilis”.

Nesta noite derradeira, o boi trouxe como subtema “O Brasil que a gente quer reinventar”, onde procurou fazer um exame das mazelas sociais que vivemos atualmente em nosso país, com destaque para a violência e intolerância.

Canção de Chico Buarque de Holanda “Deus lhe pague” e ”Nos bailes da vida” de autoria de Milton Nascimento foram cantadas, em momento de grande emoção.

A primeira alegoria do Caprichoso retratava a figura típica regional da “Cabocla Lavadeira”, com destaque para o som da toada “Matriarca”. Dessa primeira alegoria surgiu a porta estandarte do bumbá.

Destaque para a vaqueirada do touro negro que homenageou respeitáveis personalidades femininas do Amazonas.
Logo a seguir veio a segunda alegoria da noite intitulada “Mestras do saber popular”, tendo ao fundo a toada “Deus é Maria”.

As tribos do Caprichoso tiveram a alegoria “Teoká, Terra Tirada” como pano de fundo para sua apresentação sob o som da toada “Mátria”.

Na sequência veio a lenda amazônica com a alegoria “Caximarro: As Três Guerreiras”, que narrou a história de três índias que feriram o resguardo da puberdade, considerado um período sagrado, cuja proibição principal envolve o banho de rio.

Com a lenda amazônica surgiu a cunhã poranga do boi azul.
Posteriormente foi montada na arena a alegoria “Dinahí”, a qual nos trouxe a história de uma índia guerreira que derrotou os índios Mura e que, por conta disso, quase foi morta por seus irmãos, que tentaram matá-la por terem inveja de sua força.
De dentro do peito de uma serpente, veio a rainha do folclore do bumbá Caprichoso.

Finalmente a alegoria “Enawenê-Nawê” abordou a cerimônia Yâkwa, onde os índios ofereciam mel, sal e muitos peixes por quatro meses, em meio a cantos e danças. Nesse quadro o Page fez sua evolução, dançando ao som da toada “Waia Toré” juntamente com as tribos indígenas.

A apuração das notas conferidas pelo corpo de jurados deste 54º Festival acontece na tarde desta segunda-feira, dia 01/07/2019.

Foto: http://www.boicaprichoso.com

por Sidnei Louro Jorge Júnior

 

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