Em 11 de Maio de 1902 nascia a “Bela menina, voz de cristal” Bidu Sayão

Nascida em 11 de maio de 1902, no Rio de Janeiro, Balduína de Oliveira Sayão, a Bidu Sayão, foi uma das mais célebres cantoras líricas do século 20. Nascida na praça Tiradentes no começo do século, de pai português e mãe franco-suíça, a cantora apelidada de Rouxinol do Brasil se tornou uma das maiores estrelas da ópera em todos os tempos.

Era bisneta da imigrante Marianne Joseph, colona suíça que veio para Nova Friburgo no princípio do século 19. A sua formação se inicia com aulas de solfejo e impostação de voz. Aos 17 anos fez a sua estreia em Roma, com a ópera “O Barbeiro de Sevilha”, estando Mussolini presente nessa apresentação.

A carreira de Bidu Sayão foi completamente tecida no exterior e notadamente nos Estados Unidos. Ao legar as luxuosíssimas indumentárias usadas por ela nas óperas foi para esse país que entregou todo o seu acervo pessoal. Aos 55 anos, Bidu Sayão encerra a sua carreira, retirando-se dos palcos em pleno auge. Quando deixou de cantar declarou que finalmente conseguira a sua alforria para poder fumar e tomar os seus coquetéis.

Sua última vinda ao Brasil foi em 1995, para desfilar na escola de samba Beija-Flor que igualmente lhe prestou uma homenagem com o enredo “Bidu Sayão e o canto de cristal”. Desfilou na avenida aos 93 anos de idade. Ela veio no último carro alegórico, O Cisne Negro, sentada num trono cuidadosamente preparado para ela.

A maior figura do canto lírico brasileiro em todos os tempos, Bidu Sayão morreu em 12 de março de 1999, aos 96 anos, das complicações de uma pneumonia, no Maine, EUA, onde ela morava. Internada por 34 dias, sofrendo também de complicações renais, Bidu deixou instruções para que seu corpo fosse cremado e as cinzas espalhadas pelas águas da baía em frente à sua casa, durante a primavera americana.

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