Paraíso do Tuiuti

A história do Paraíso do Tuiuti remonta às antigas agremiações do bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio: Unidos do Tuiuti, que participava do carnaval desde a década de 30, e a Paraíso das Baianas. Após a Segunda Guerra Mundial, a Unidos do Tuiuti desapareceu. Em seu lugar, nasceu o Bloco dos Brotinhos. A comunidade do Morro do Tuiuti, sem dinheiro para acompanhar um carnaval mais sofisticado, preferia sair no bloco, desprezando a Paraíso das Baianas. Foi então que um grupo de sambistas se uniu, entre eles, Nelson Forró e Júlio Matos, e resolveu terminar com o bloco e também com a Paraíso das Baianas, fundando no dia 5 de abril de 1952 a Paraíso do Tuiuti. A nova agremiação ganhou as cores amarelo (herdado da Paraíso das Baianas) e azul (herdado do Unidos do Tuiuti).

De início, a atuação da Paraíso do Tuiuti foi discreta, mas, em 1968, com enredo de Júlio Matos sobre o bairro de São Cristóvão, tira o primeiro lugar no Grupo 3, subindo para o Grupo 2. No ano seguinte, consegue o terceiro lugar no Grupo 2, com um ponto atrás da Unidos do Jacarezinho, vice-campeã.

Até o início da década de 80, de fato, quase ninguém ouviu falar da escola, mas a partir de então, a Tuiuti viveu um momento de grande euforia, graças ao trabalho da carnavalesca Maria Augusta Rodrigues. A artista deu o título do Grupo 2B para a agremiação, com o enredo “É a sorte”.

No fim da década de 90, a escola não alcançou grandes resultados, mas foi convidada a participar do Grupo A em 2000. Na ocasião, apresentou com enredo sobre Dom Pedro II, em “Um monarca na fuzarca”, do carnavalesco Paulo Menezes, alcançado um vice-campeonato. Por causa disso, a Tuiuti conquistou o direito de desfilar no Grupo Especial em 2001. Entre as grandes do carnaval, a agremiação contou a história de um mouro que saiu da Espanha, em direção à Meca e acabou no Brasil. Apesar do elogiado samba, a escola retornou para o Grupo A.

Em 2003 a agremiação se destaca no Grupo A com um enredo sobre o centenário do pintor Cândido Portinari. O desfile foi muito elogiado pela crítica por sua criatividade e tinha como autor o carnavalesco Paulo Barros. A apresentação neste ano teve como ponto alto a coroa, símbolo da escola, que foi revestida com 7.500 latas de tinta. Na comissão de frente, bailarinos entraram com saias de pincéis giratórios. Uma alegoria formada por espantalhos de campo de milho que assustavam corvo também chamou atenção do público. Apesar do terceiro lugar, o desfile foi tão surpreendente que a Unidos da Tijuca convidou Paulo Barros para ser seu carnavalesco.

2008

Com um enredo sobre Cartola, a agremiação consegue o vice-campeonato no Grupo B e retorna para o Grupo A. Em 2009, exalta o antigo Cassino da Urca, permanecendo no Grupo A.

2011

Na sua volta ao Grupo B, a Tuiuti homenageou Caetano Veloso, do carnavalesco Eduardo Gonçalves. o desfile contou, inclusive, com a presença do homenageado. Daniel Silva foi o intérprete e Gracyanne Barbosa, rainha de bateria. O forte desfile sagrou a escola como campeã, voltando ao Grupo A.

2012

A escola contrata o carnavalesco Jack Vasconcelos, que estava na Viradouro, e Mestre Celinho, ex-Unidos da Tijuca. A Tuiuti desenvolve o enredo “A tal mineira” sobre Clara Nunes, alcançando o 9 lugar.

2015

Jack Vasconcelos retorna para o Tuiuti e surpreende com o enredo indígena “Curumim chama cunhantã que eu vou contar…”, baseado no livro do escritor Hans Staden. A escola ficou em 5 lugar.

2016

Jack Vasconcelos desenvolve o enredo “A farra do boi” e se consagra campeão pela Série A. O desfile foi pontuado por diversos bons momentos, como a bateria SuperSom. Paraíso do Tuiuti retorna ao Grupo Especial depois de 15 anos.

2018

Após permanecer no Grupo Especial, a Tuiuti desenvolve o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?” e alcança seu maior resultado até então no carnaval: vice-campeonato no Grupo Especial. O desfile foi muito elogiado pela crítica e nas redes sociais. O samba-enredo e a comissão de frente foram os destaques. A escola ficou apenas 0,1 décimo atrás da campeã, a Beija-Flor de Nilópolis.

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