No dia 17 de Junho de 1901 nascia no centro do Rio, Paulo Benjamim de Oliveira.
Na década de 20, a família de origem humilde se muda para o bairro de Oswaldo Cruz, onde ele leva da área da Praça Onze o embrião do que viria a se tornar o samba.
Sempre partindo do uso de chapéus, ternos e gravatas para tirar o estigma da época de que sambista era bandido e vagabundo.
Em 1926 funda o Conjunto carnavalesco de Oswaldo Cruz, o embrião da Portela. Que inclusive tinha como umas das sedes de ensaio um vagão no trem que saía da Central com destino ao Subúrbio.
Em 1931 o Conjunto vira “Vai como Pode”, até que em 1935 se transforma em GRES Portela. Curiosamente o nome artístico “Paulo da Portela”, se dá 10 anos antes, referindo se a Estrada do Portela.
Paulo fez composições para artistas como Heitor dos Prazeres, Carlos Galhardo e Mário Reis.
Em 1941 se desliga da Azul e Branca em pleno Desfile, devido a conflitos com a diretoria.
Quando Walt Disney esteve no Brasil em 1941 para promover a política da boa vizinhança adotada pelos EUA, ele e sua comitiva de assistentes visitaram a quadra da Portela, no Rio de Janeiro e na ocasião, foram recepcionados por um homem muito elegante, que apresentou ao desenhista ianque a batucada tupiniquim. Corre a história que essa visita e esse homem inspiraram a criação do personagem Zé Carioca. Esse homem era Paulo Benjamim de Oliveira.
Paulo faleceu em janeiro de 1949 de ataque cardíaco. Seu cortejo fúnebre reuniu mais de 10 mil pessoas.
Em 1984 foi homenageado no enredo Contos de Areia, junto a Calar Nunes e Natal da Portela. O enredo foi reeditado em 2004 pela GRES Tradição,escola oriunda da Portela.
Salve PAULO DA PORTELA!
Por Waldir Tavares
Fonte: Dep Cultural GRES Portela
Fotos: Arquivo/ Dep. Cultural