Neste Outubro Rosa, mês de conscientização e alerta sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, apresentamos a trajetória de Viviane Oliveira, uma sambista .
Pernambucana , moradora desde a infância de Brás de Pina,a portelense Viviane sempre foi grande admiradora da folia, sonhava em participar dos desfiles das escolas de samba, porém a vergonha impedia com que desse um passo adiante na concretização de seus planos.
Em 2012 recebeu a notícia de que a partir daquele momento travaria uma batalha contra o câncer de mama. E não somente o enfrentou como encheu-se de coragem e se transformou em uma importante porta-voz da causa: Viviane participa de palestras, campanhas, exposições fotográficas e possui um blog em que compartilha com os leitores suas experiências de vida.
“Um raio de Tupã anunciou
Uma nova era vai brilhar”
Tupy de Brás de Pina 2016
Versos que caíram como uma luva para Viviane; naquele ano ao pisar na Avenida Intendente Magalhães uma nova era, de brilho, se iniciava. Renasciam em 2015 a Tupy de Brás de Pina e o sonho carnavalesco de Viviane Oliveira, que estreia na folia em 2016 na ala de passistas da azul e branca.
Integrou a ala de passistas da Tupy de Brás de Pina durante três anos, e tomou gosto pela coisa desfilando também pela Acadêmicos de Abolição, Unidos de Lucas e no abre-alas da Inocentes de Belford Roxo.
Em 2019 recebe o convite para coordenar a ala de passistas da Independente de Olaria, além de desfilar na Estácio de Sá e Portela.
Para o próximo carnaval, seguirá em sua função de coordenadora, e estreará na função de musa, após um convite feito pela Mocidade de Vicente de Carvalho.
E para 2020 mais novidades devem surgir na vida da passista, que como a própria diz seguirá sambando até os 100 anos. E através do samba segue nos dando esse exemplo de vida.
Com a palavra, Viviane de Oliveira :
“Neste outubro rosa vou contar minha história com uma ênfase diferente. Sempre falo mais do tratamento, como foi o diagnóstico, entre outras coisas”
Mas e o Carnaval?
Sempre fui sambista, amo o samba de paixão… Mas sempre tive uma certa vergonha de chegar e fazer um teste para ala de passista. Sempre tive o sonho de ser passista, musa e quem sabe um dia rainha de bateria. E ficava só no sonho…rs
Depois de passar pelo diagnóstico, pelo tratamento, dps do médico dizer que provavelmente eu só viveria 2 anos depois do tratamento, me enchi de coragem para fazer várias coisas que queria, mas adiava. Comecei como passista em 2015, ano passado pude estar e estou a frente de uma ala de passista como coordenadora e esse ano estou tendo a honra de ter sido escolhida como musa de Vicente de Carvalho e em 2020 espero ajudar nossa águia Vicentina a brilhar muito no desfile.Nesse outubro rosa e em todos os outros daqui pra frente lembrem- se de estar sempre com os exames em dia. Durante todo o ano se cuidem.Câncer tem cura, câncer tem tratamento!!! Não tenham medo!!!
O médico disse que estatisticamente eu só viveria 2 anos. Já passaram 7. E eu sempre brinco que vou passar dos 100 anos de idade e sambando muito.. rs”i
Viviane Oliveira”
Por Douglas São Pedro.