“Portela, eu nunca vi coisa mais bela
Quando ela pisa a passarela, e vai entrando na avenida” – Portela na avenida (Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro)
Conhecida como “A Majestade do Samba“, a Portela foi fundada oficialmente, ainda como Conjunto Oswaldo Cruz, em 11 de abril de 1923 no bairro de Oswaldo Cruz, zona norte da cidade do Rio de Janeiro.
Paulo da Portela, Antônio Caetano, criador dos símbolos, e Antônio Rufino, o tesoureiro, fundaram o Conjunto, que foi renomeado para “Quem Nos Faz É O Capricho” e depois para “Vae Como Pode“, até assumir definitivamente a denominação Portela, em meados da década de 1930.
Desde então, foi a grande responsável por moldar os desfiles na forma como acontecem atualmente. Em 1935, foi a primeira escola a introduzir uma alegoria no cortejo. Quatro anos depois apresentou aquele que é considerado o primeiro samba de enredo, “Teste ao Samba“. Também foi a pioneira na introdução da comissão de frente.
Mais antiga escola de samba em atividade, a Portela é a única agremiação que participou de todos os desfiles da cidade do Rio de Janeiro. Foi a campeã do primeiro concurso organizado por Zé Espinguela em 1929 e atualmente detém o posto de maior campeã do carnaval carioca, com 22 campeonatos.
A Portela também protagonizou desfiles com sambas antológicos, destaque para “Lendas e mistérios da Amazônia” (1970), “Ilu Ayê” (1972), “O mundo melhor de Pixinguinha” (1974), “Hoje tem marmelada?“ (1980), “Das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma noite” (1981), “Contos de areia” (1984) e “Gosto que me enrosco” (1995).
Entre figuras ilustres na história da azul e branca, temos a Lendária Porta Bandeira Vilma Nascimento, sua antecessora Dona Dodô, Tia Surica, Silvinho da Portela, Dedé da Portela, Jerônymo Patrocínio e os polêmicos dirigentes Natal da Portela e Carlinhos Maracanã.
Grande celeiro de bambas, a Portela tem em seu berço grandes estrelas da musica, entre eles Aniceto da Portela, Manacéa, Clara Nunes, Casquinha, Alcides Dias Lopes, Candeia, Waldir 59, Zé Ketti, Wilson Moreira, Monarco, Noca da Portela, Paulinho da Viola, Marisa Monte, João Nogueira, Teresa Cristina, Diogo Nogueira, Zeca Pagodinho, entre outros.
Salve o manto azul e branco da Portela, por toda contribuição para o samba carioca e para a cultura brasileira!
