A primeira escola a cruzar a Marquês de Sapucaí neste sábado (23), foi a Paraíso do Tuiuti, defendendo o enredo: “Batizado ‘Ka Ríba Tí Ye’ Que nossos caminhos se abram”, desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros e essa foi a primeira vez que Barros assina um enredo afro.
O Carnavalesco investiu na estética de uma áfrica futurista, rica. Não aquela mais rústica e clássica. Para isso, usou sósias de diversas personalidades, tais como, Nelson Mandela, Barack Obama, Chadwick Boseman, Beyoncé, entre outros. Representando o Brasil, Dandara e Zumbi dos Palmares, Serginho do Pandeiro, Mãe Stella.
Mercedes Batista, primeira bailarina negra do Municipal do Rio, que já tinha sido homenageada ontem na abertura do desfile do Salgueiro, voltou a ser lembrada na avenida. A escola fez um desfile correto e que empolgou o público, mas teve problemas com o tempo, precisou de correr no final, e mesmo com a correria a escola não conseguiu evitar e estourou dois minutos do tempo, terminando o seu desfile em 72 minutos. O atraso automaticamente tira dois décimos da nota final da Paraíso do Tuiuti.
Na concentração, quando o nome de Thay Magalhães foi anunciado nas caixas de som, silêncio. Já quando a escola anunciou a princesa Mayara Lima, a Sapucaí respondeu com muitos aplausos. A princesa, no entanto, teve problema com sua fantasia que teve uma parte solta durante o desfile.
Vale ressaltar o casal de mestre sala e porta bandeira, Raphael Rodrigues e Dandara Ventapane, que foram impecáveis em sua desenvoltura, de forma clássica desfilaram com total sincronia. A Bateria Super Som, também foi um dos pontos fortes da escola, trazendo paradinhas durante refrões que silenciavam totalmente os instrumentos.
Houve complicações nos minutos finais. O último carro emperrou perto do portão e integrantes da bateria tiveram que ajudar a empurrar. O portão da Marquês de Sapucaí também emperrou e foi usada uma corda para finalizar o desfile.