Através de uma live, a atriz Antonia Fontenelle criticou o figurino escolhido pela primeira dama, Rosangela da Silva, na cerimônia de posse do Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Com ironias, Antonia comparou o look usado pela esposa do presidente eleito com o figurino da velha guarda da Imperatriz Leopoldinense. O traje em questão é uma criação das estilistas e Camila Pedroza e Helô Rocha, com detalhes feitos por bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, cidade do Rio Grande do Norte. Ao ser questionada por um seguidor sobre a comparação, a viúva do ator Marcos Paulo usou como explicação os seguintes termos: “é uma escola apática“, “uma escola de samba que nem fede e nem cheira“.
Em nome da sua presidente, Cátia Drumond, a agremição do bairro de Ramos emitiu nota de repúdio sobre o teor das falas de Antonia. O documento reforça que a ofensa atinge as raízes de todas as escolas de samba que se desfilam na Marquês de Sapucaí.
“Os ataques infundados de quem desconhece a história do carnaval atingem não somente à nossa agremiação, mas, sobretudo, nossa comunidade, torcedores, componentes e, consequentemente, todo o mundo do samba.
Exigimos respeito aos nossos sessenta e três anos de história em benefício da arte e da cultura popular brasileira.
Diante disso, a Imperatriz, fundadora da LIESA e oito vezes campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, encaminhou hoje um ofício à liga e à Riotur, solicitando que não seja credenciada aquela que desconhece e desrespeita publicamente as mais ancestrais e legítimas tradições da folia carioca, personificada pelos componentes de uma velha-guarda.
Após os ataques à primeira-dama do Brasil e à nossa Agremiação, convidamos publicamente a querida @janjalula para desfilar como madrinha de nossa galeria da velha-guarda no carnaval de 2023“
Fundada em 1956, a Imperatriz Leopoldinense é detentora de oito títulos no Grupo Especial do carnaval carioca. Nos anos de 1980, 1989 e 2001 foi campeã obtendo notas máximas em todos os quesitos. Em Outubro do ano passado, durante a campanha presidencial, o então candidato Lula participou de ato com apoiadores no Complexo do Alemão, um dos maiores conjuntos de favelas da Zona da Leopoldina, região que abriga a comunidade da Imperatriz Leopoldinense.