A apuração dos desfiles da Estrada Intendente Magalhães, realizada pela Superliga Carnavalesca do Brasil, revelou um cenário preocupante: metade das mais de 60 escolas participantes, divididas em três grupos (Avaliação, Bronze e Prata), sofreram punições devido à falta do número mínimo de componentes em alas.
Os desfiles, que reuniram 10 escolas no grupo de Avaliação, 22 na Série Bronze e 30 na Série Prata (equivalente à terceira divisão do Carnaval carioca), evidenciaram a dificuldade de muitas agremiações em cumprir os requisitos mínimos para um desfile competitivo. Em alguns casos, a falta de componentes se estendeu a quesitos e obrigatoriedades como Bateria e Baianas.
A Superliga aplicou punições severas, resultando na perda de posições na tabela para algumas escolas. O alto número de agremiações participantes, aliado à dificuldade de muitas delas em reunir o contingente necessário, levanta o debate sobre a necessidade de reduzir o número de escolas nos desfiles da Intendente Magalhães.
Crítica à justificativa:
A justificativa de que os desfiles foram realizados nos mesmos dias dos grupos superiores que desfilam na Sapucaí não se sustenta. O papel de uma escola de samba é formar sambistas, abraçar sua comunidade e possuir material humano para existir. A falta de componentes em alas e quesitos básicos demonstra uma fragilidade na estrutura dessas agremiações, que precisa ser revista.
A medida de reduzir o número de escolas visa melhorar a organização e o nível do espetáculo na segunda avenida de desfiles mais importante do Rio de Janeiro, garantindo a qualidade e o brilho do Carnaval carioca em todas as suas divisões.
Foto Riotur