RJ – Carnavalesco da Intendente relata descaso da escola com seu trabalho e presidente desmente

Giovani Leal, um dos carnavalescos da escola Imperadores Rubro Negros postou um desabafo sobre o processo para colocar na rua o carnaval que garantiu o acesso da nova escola ao grupo especial da Intendente Magalhães, correspondente ao antigo grupo B.

Segundo Giovani, a escola que comemora o sucesso em dois anos de fundação, não bancou o acordo entre as partes em relação a pagamento dos serviços prestados.

Entramos em contato com Sergio Aguiar, presidente da escola, que nos informou que não existia nenhum acordo financeiro firmado com o profissional. Ainda segundo a direção, o carnavalesco não era presente no atelier. Sobre a subvenção do grupo, a mesma foi repassada dias do carnaval, e caso o profissional precisasse de algum apoio financeiro, poderia ter conversado internamente e chegariam em uma solução. Quanto ao uso de lixo na confecção do carnaval, o presidente nega e informa que se esforçou para comprar materiais novos.

Depois da conversa com o Carnaval N1, Giovani preferiu colocar a postagem como privada e nos bloqueou o meio de comunicação conosco.

Leia o desabafo do artista

 

 

 

Postagem de tristeza e alerta aos jovens artistas.

Quem me acompanha nas redes sociais ou convive comigo pessoalmente, sabe e viu que participei de um projeto neste carnaval.
Projeto esse ao qual me dediquei a exaustão e limites que eu não deveria ter passado em relação a minha própria vida e bem estar. Lá do princípio em final de julho, começo de agosto, eu tive q me virar nós trinta pra comprar o material pra criar o desfile da escola, tive q por mim msm escanear e imprimir todas as imagens coloridas em um armarinho qualquer ( só nessas duas coisas, já foi um bom valor ). De lá pra cá, foi inúmeras as tentativas de ajudar o projeto, foram buscas incessantes por material em todo cando dessa cidade e fora dela tb ( custeado por mim msm ), foi muita passagem de ônibus, vários Uber, até Combi eu paguei pra buscar material, revirei muito lixo com resto de materiais descartados, materiais esse q eu levava pra casa de um amigo q gentilmente me doou seu espaço e paz pra mim poder fazer o trabalho, assim como me ajudou muito na realização do trabalho ( sem cobrar ), separando os materiais e construindo adereços e fantasia por lá. Com minhas buscas arrumei a base toda da fantasia da comissão de frente ( fantasias feitas por mim ),oq faltou banquei com meu dinheiro ( foi muita cola, penas e afins … ) Tive apenas a boa ação e consideração de um harmonia q me ajudou a reforçar a quantidade de penas ( obrigado ao msm pela consideração ), com os materiais confeccionei elementos pros carros, corri atrás tb de viabilizar as fantasias de composição do carro já q a escola tb teria dificuldade em fazer, assim como foi na comissão e adereços já citados, pedi apenas 3 blusas da escola e corri atrás de rifar, rifas essas q não bancaram se quer a metade do valor gasto ( uma coisa muito importante, a gestão da escola não comprou um nome se quer da rifa pra ajudar a fechar,nunca me esquecerei disso ), pra poder fechar as contas ganhei a doação de algumas bolsas da Rainha de bateria da escola ( Gratidão pela consideração ) e com isso arrecadei + algum valor e o resto q faltou e não foi pouco veio + uma vez do meu bolso. Foram muitos dias e noites longe de casa, dias inteiros trabalhando, correndo atrás, foram noites mal dormidos, muitas nem dormidas. Tive muita ajuda de pessoas q nem parte da escola fazia, quando me faltou passagem, quando eu não podia + pagar Uber pra levar ou buscar coisas, e com alimentação. Só tive uma ajuda ” mínima ” de passagem ao término de trabalho isso pq eu relatei q não tinha + como arrumar e bancar ( obs: bancou poucos dias de passagem e se quer podia ser usada com alimentação q continuou sendo bancado por mim e ajuda de amigos ). Durante os processos, antes dos dias finais dentro do barracão, houve 2 dias distintos ao qual eu tive q ir ao barracão resolver umas coisas, aproveitei q pediram pra mim ficar lá, e fui buscar + matérias no lixão de matérias q existe lá dentro msm do galpão das escolas ( esses 2 dias q me pediram pra ir lá, se quer perguntaram se eu precisava de algo, assim como em todo processo nunca perguntavam, passei esse 2 dias distintos lá com fome, com cede ( água não estava potável ), só me alimentei em casa a noite quando cheguei. Enfim chegou os últimos dias de real trabalho no barracão, dias esses q fiquei no barracão direto, trabalhando dia, noite, madrugada, dias esses q tive q comprar TB material ( cola ) pq oq davam era pouco e o trabalho não ia, não só comprei como ganhei de amigos q lá fiz ( nunca vou esquecer um companheiro de outra escola me falando q me daria cola e ajudaria no q podesse pq via meu sofrimento e meu esforço ), companheiro de equipe tendo q trazer material de pintura de outra escola pra podermos terminar o básico de algumas pinturas. Com sobra de matérias oriundas das composições do carro viraram foro pra traseira do carro, os vários sacos de flores artificiais comprados por mim e amigo tb pra adereçar a alegoria, assim como os búzios usados na alegoria oriundos da busca q fiz por material, as bonequinhas das orixás usadas q eu mandei fazer pra enfeitar a alegoria, e afins… Enfim chega o dia de saída do carro pro desfile, além do dia inteiro e noite trabalhado no barracão , passo a noite sem dormir no meio da rua, tomando conta do carro , aproveitando pra adereçar e ajudar no q podia ( obs: as escolas pagam alguém pra olhar os carros, ou tem alguém responsável da escola lá pra isso, e até isso eu fui e fiz, outra obs: era uma noite fria de garoa/chuvisco ). Chegou o dia de fato do desfile, estava eu sem dormir e trabalhando, até meia hora antes do desfile estava eu arrumando as coisas do carro pra escola passar dignamente ( e assim foi ), tive q usar uma calça, um tênis apertado emprestados pq não tive como ir em casa me arrumar. Então dedicação, exaustão, consideração e ajuda da minha parte não faltou. Não venho relatar essas coisas afim de jogar na cara não, faço isso pra mostrar a imensa falta de respeito e gratidão.
*Tudo q eu vivi ou fiz pode ser facilmente comprovado por várias pessoas e outras coisas.*

Daí, ao término de tudo, dias depois do desfile fui ao responsável perguntar sobre um parecer de algum valor a ser pago por todo trabalho feito desdo início meses atrás com a construção do desfile, até o desfile em si e não houve resposta, tentei outra vez e não houve resposta, até q decidi de fato me desligar da escola, porém deixando claro q ainda esperava a resposta, e não houve de novo ( isso aconteceu num grupo q tinha os carnavalescos e o responsável da escola, ao invés de responder sobre o parecer, simplesmente SAIU do grupo sem responder )

Hj me pego sem um Tustão, pq quando entrei na escola eu tinha acabado de ficar desempregado e fui gastando pra conseguir me manter fazendo esse trabalho , meu auxílio mês a mês foi indo embora, minhas economias tb… E agora se eu precisar pagar minha academia eu não tenho ( até isso parei de fazer o mês todo de fevereiro pra me dedicar ao trabalho ) , março é o mês de vacinar meus cachorros eu não tenho, ração vai acabar e tb não vou ter pra comprar,, minhas necessidades básicas assim como de qualquer pessoa, tb não tenho pra nada. Então é completamente DECEPCIONANTE E TRISTE ver q depois de tanta luta, tanto esforço, tanso dedicação, tanta ajuda e as pessoas se quer tem um pingo de consideração, até pq todos continuam bem com suas vidas, seus carrões, e foda-se o otário aqui.

Então GALERA NOVA/JOVEM que busca fazer carnaval, q sonha em praticar sua arte nesse meio, nunca entre num projeto sem o mínimo de segurança, sem um documento q te resguarde nessas horas, pq infelizmente hj em dia poucas pessoas sabem o valor da GRATIDÃO e de ser JUSTO com as pessoas.

Deixo aqui TB MEU pedido para que vcs meuS amigos que souberem de algum trabalho, seja no carnaval ou fora dele me aviseM, sou apenas um pobre assalariado e preciso me manter dignamente sem jogar tudo nas costas da minha família.

*Ser bom não é errado, errado é quem não valoriza sua bondade. Deus tá na frente de tudo e a ele está entregue.”

Por Waldir Tavares
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