RJ – Com festa e feijoada, Império da Tijuca apresenta oficialmente Lia de Itamaracá como enredo de 2024

O Império da Tijuca promoveu, neste Domingo 23, mais uma edição da Feijoada Imperial no Tijuca Tênis Clube. O evento homenageou um dos padroeiros da escola: São Jorge. Além da celebração ao Santo Guerreiro, a Verde e Branca Tijucana também apresentou a sinopse do enredo que irá defender no Carnaval 2024, em homenagem aos 80 anos da Rainha da Ciranda, Lia de Itamaracá.

A cantora e compositora homenageada participou do evento. Lia, que completará 80 anos em janeiro do ano que vem, fez questão de participar da festa e cantou alguns de seus maiores sucessos como “Eu sou Lia”, Minha ciranda” de “Preta cirandeira”, “Nagô, Nagô”, “Meu São Jorge” e o clássico “Quem me deu foi Lia”.

Carnaval de 2024

Mantendo a tradição de exaltar a negritude e a religiosidade, o Império da Tijuca levará para a Marquês de Sapucaí, em 2024, a história de Lia de Itamaracá, a Rainha da Ciranda.

A pernambucana Maria Madalena Correia do Nascimento é dançarina, compositora e cantora de ciranda brasileira. Lia começou a participar de cirandas na Ilha de Itamaracá, quando ainda era criança e hoje é considerada a mais célebre cirandeira do Brasil. Em 2005, ela foi intitulada Patrimônio Vivo de Pernambuco e em 2019, foi agraciada com o título de Doutora Honoris Causa, pela Universidade Federal de Pernambuco, pelos serviços prestados à cultura popular brasileira.

Em janeiro de 2024 a rainha cirandeira, filha de Iemanjá, vai completar 80 anos e a comemoração será na Marquês de Sapucaí.  Lia de Itamaracá terá sua história retratada no Carnaval Carioca pelas mãos do carnavalesco Júnior Pernambucano, com texto do jornalista Rodrigo Hilário

Pernambucano, que conquistou o título de 2013, levando o Império da Tijuca para a elite do Carnaval, destacou a importância de um enredo que homenageia essa grande artista nordestina:

“Eu, quando criança, vi Lia cantar em uma ciranda e logo fiquei encantado com toda sua linda cantoria. Lia é Nordeste vivo, é a resistência de uma mulher negra, a cara do nosso Brasil. Fazer um enredo em homenagem a ela é a realização de um sonho de menino Pernambucano que foi totalmente encantado com suas melodias, com o colorido das suas  roupas e, principalmente, da simplicidade de uma mulher legitimamente brasileira. Lia é cultura! Lia é nossa! Realizar o tema no Império da Tijuca é maravilhoso. Valorizar a negritude é o lema da escola e meu também.”

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