Considerado um dos maiores ícones do nosso carnaval, Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, ou Laíla, pode ficar de fora da elite dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro em 2021.
A correria nas renovações e contratações após o carnaval 2020, gerou afunilamento de opções no mercado para o próximo ano, e o mestre detentor de 17 títulos, ainda sem destino definido, corre o risco de não figurar no elenco das escolas do Especial, mesmo com toda sua experiência.
Famoso por fazer de tudo um pouco no carnaval, sendo considerado referencia em quesitos de canto, evolução e até plásticos, Laíla se tornou uma das personalidades mais conhecidas, respeitadas e emblemáticas do carnaval do Rio de Janeiro. São 4 títulos pelo Acadêmicos do Salgueiro e 13 pela Beija Flor de Nilópolis, onde em 2018, onze dias após a conquista do título anunciou sua saída aparentemente brigado com a agremiação. O mestre de 76 anos chegou a declarar ao jornal Extra o seu desconforto de foma bem clara “O que tenho apenas para falar sobre isso é que sou muito grato ao povo de Nilópolis. Agora, o que rola no carnaval é que tem muito gente que não sabe nada e quer ser alguém (…) O pior são os judas que estão ao nosso lado, e a gente não sabe. Você trata com o maior carinho e pá.” declarou na época.
A convite do amigo Fernando Horta, retornou a Unidos da Tijuca em 2019, onde já havia trabalhado no triênio 1980-1983. Infelizmente a escola não figurou entre as seis primeiras.
No ultimo ano, Laila comandou o carnaval da União da Ilha do governador. O projeto se iniciou de forma polemica quando, na ocasião, o diretor anunciou que o enredo da escola se daria após a escolha do samba enredo. O desfile da tricolor insula foi pautado em problemas de pistas e plásticos. Resultado, ultimo lugar e rebaixamento da tradicional escola para o grupo de acesso em 2021.
Logo apos a apuração, a mídia especializada foi tomada por trocas de acusações entre o diretor de carnaval e Cahe Rodrigues, um dos carnavalescos da tricolor do esquecível desfile. A crise se instalou na escola, fazendo com que o futuro de um dos maiores nomes do carnaval brasileiro vem a ser, aposentadoria ou migrar para os grupos de acesso, onde ele ajudou escolas como Grande Rio e a própria Unidos da Tijuca despontarem para a elite nos anos 90 e 80 respectivamente.
ALGUMAS DAS CURIOSIDADES E LEGADO DO MESTRE LAÍLA
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É o criador da junção de samba enredo, utilizando desta em todas as agremiações por onde passou: Salgueiro (1975), Beija-Flor (1978, 2002, 2005, 2012), Unidos da Tijuca (1981) e Grande Rio (1993).
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Teve rápidas passagens pela Unidos de Vila Isabel, Unidos do Peruche (São Paulo), Estado Maior da Restinga (Porto Alegre,1999).
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Na década de 1980, participou da transmissão dos desfiles do Grupo Especial pela Rede Globo de Televisão.
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Em 2014, além de continuar como diretor de carnaval-harmonia da Beija-Flor, Laíla atuou na Inocentes de Belfort Roxo, onde foi uma espécie de “consultor de carnaval”, tendo inclusive supervisionando os sambas-enredo que disputaram na agremiação e sugerido a junção da obra vencedora.
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Promoveu mudanças na gravação do disco dos sambas enredo do Grupo Especial: colocou maestros para reger os músicos de base no estúdio; colocou as baterias das escolas para serem gravadas no estúdio; realizou a gravação do disco entre 1993 e 1998 nos na Cidade de Lona, no Rio de Janeiro. Em 2014, realizou um DVD com a gravação dos sambas em formato de videoclipes.
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Estandarte de Ouro como Destaque Masculino (1973)
