Revelados os resultados e justificativas dos julgadores que atuaram nos desfiles oficiais do Grupo Especial no Rio, as Escolas de Samba decidiram fazer os reajustes que consideraram necessários para reorganizarem os seus elencos.
Diante do cenário itenso de troca de profissionais entre as agremiações, a Mocidade Independente de Padre Miguel vai na contramão, realizando poucas mudanças no time que vai disputar o carnaval de 2024. Décima primeira colocada no Grupo Especial do Rio de Janeiro, a Mocidade alcançou apenas 9 notas máximas dentro das 36 possíves no julgamento do último carnaval.
Dentre as poucos mudanças anunciadas pela escola, está a saída do intérprete Nino do Milenio, que foi substituido por Zé Paulo Sierra. O novo intéprete chega à escola da Zona Oeste após cantar, no período de 201 a 2023, na Unidos do Viradouro.
Outra anuncio de reformulação no time verde e branco, é o desligamento do diretor de carnaval Marquinho Marino. Este ainda sem substituto anunciado. Segundo a escola, a decisão foi em comum acordo.
Na comissão de frente, a agremiação mantém o coreógrafo Paulo Pinna. No último carnaval, o trabalho do profissional não foi bem avaliado pelo juri oficial da Liesa. O grupo de bailarinos, que neste ano se apresentou com elementos que sintetizavam o que o solo do Agreste Pernambucano oferece como matéria-prima para os artistas do Alto do Moura, recebeu quatro notas 9.8 nos módulos de julgamento.
Diogo Jesus e Bruna Santos, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da verde e branca, também permanecem. Desde sua formação, em 2020, a dupla vem mantendo boas notas com suas apresentações. Em 2023, foram três notas máximas e um 9.8 (descartado).
Desde 2012 na Mocidade, Mestre Dudu vai para mais um ano comandando a bateria “Não Existe Mais Quente“. No carnaval de 2023, os ritmistas da lendária bateria da Mocidade recebem todas as notas máximas no quesito. O futuro da Rainha Giovana Angélica ainda é incerto.
O carnavalesco Marcus Ferreira vai para mais um ano na estrela guia de Padre Miguel. O enredo “Terra de Meu Céu, Estrelas de Meu Chão” recebeu 9.8, 9.6, 9.7 e 9.8. Sendo a segunda pior perfomance no mapa de apuraçao do quesito.
Segundo os julgadores da Liga, o conjunto de fantasias da Mocidade foi o pior entre as 12 escolas de samba que disputaram o Grupo Especial em 2023. Os figurinos da escola foram avaliados com 9.9, 9.5, 9.6 e 9.7. Em Alegorias e Adereços, o trabalho do artista recebeu 9.8, 9.9, 9.8, e 9.8.
Considerada uma das mais tradicionais escolas de samba do Brasil, a Mocidade é dona de seis conquistas entre as grande agremiações do Rio. Com os títulos de 1979, 1985, 1990, 1991, 1996 e 2017, a escola ocupa o posto de sétima maior vencedora do Grupo Especial.
