A primeira noite dos desfiles do grupo especial do Rio foi pontuada por erros de escolas apontadas como favoritas.
Coube a campeã do acesso em 2019, Estácio de Sá, abrir os desfiles. O velho Leão amparado por Rosa Magalhães a frente do enredo, fez desfile sem muitos problemas técnicos. Já o samba, muito criticado no pré carnaval, não funcionou e várias alas não contavam o hino do enredo “Pedra”. Em relação as outras que vieram pela frente, infelizmente a Estácio não empolgou a avenida.
A próxima a entrar pisou poderosa na armação com um dos maiores abre alas do ano. A Viradouro entrou com suas belas alegorias de forma tranquila. O Samba chiclete do ano fez a arquibancada delirar como não se via um tempo. O belo abre alas teve pequena dificuldade para entrar na avenida, parando a escola no início. O último carro passou em alguns módulos apagado. Apesar dos incidentes, a escola é cotadíssima a voltar no sábado das campeãs
A campeã Mangueira veio logo após, contando a vida de Jesus. A verde e rosa teve um dos mais belos conjuntos alegórico do dia. O pesadelo verde e rosa começou quando a segunda alegoria se separou dos tripés da parte da frente, ficando parada ainda na Av. Presidente Vargas, enquanto a escola seguia o desfile. O problema gerou buraco no início e no meio do desfile, quando o carro apresentou o mesmo problema. A escola passou lenta, prejudicando a evolução. O samba também não funcionou como o esperado.
Terceira escola, a Paraíso do Tuiuti iniciou seu desfile de forma tensa. A demora em colocar o destaque principal no carro abre alas prejudicou o início da azul e amarelo. O ponto alto foram as belas alegorias criadas por João Vitor Araújo. O atraso teve reflexos no final, e a escola correu.
A Grande Rio se armou com uma “cabeça de escola” digna de campeã. Novamente uma alegoria se fez de vilã este ano. A equipe responsável por colocar destaques e composições no abre alas perdeu tempo suficiente para o tripé da comissão entrar e seguir sozinho por vários setores formando um buraco considerável. O pior veio após a direção da escola autorizar a primeira parte da alegoria entrar enquanto tentava colocar o destaque. A infeliz decisão refletiu em novo buraco, até que finalmente a escola colocou a alegoria na pista. Novo buraco foi causado quando a penúltima alegoria também demorou entrar na avenida.Com tantos erros, o campeonato fica um pouco distante .
A União da Ilha entrou sob comando do experiente Laila que fez sua estreia na tricolor insulana. Já no início a escola impactou os presentes com plástica realista para falar das ruas. Fantasias simples, e as vezes até não carnavalizadas, deram o tom junto as alegorias no mesmo estilo. O samba, não tão cotado no ano, foi cantado por todos os componentes. Um problema em uma das alegorias formou buracos na frente dos jurados. Perto do final do desfile a escola correu visivelmente, prejudicando a evolução. A correria não foi suficiente para evitar a perda de pontos por estourar o tempo em 1 minuto.
Fechando a noite de problemas em alegorias, a Portela veio com seu Paraíso Indígena e fez bonito. Embalados por seu lindo samba, os componentes da escola fizeram um desfile digno de fechar um noite de grupo especial. Com fantasias e alegorias perfeitas, a águia de madureira encerrou levando o tradicional bloco atrás dela, já na manhã desta segunda.
Por Waldir Tavares