RJ – Império da Tijuca apresenta fantasias dos quatro setores de “Cores do Axé”

O Império da Tijuca divulgou os protótipos de fantasias que ilustram o enredo “Cores do Axé”, de criação dos carnavalescos Ricardo Hessez e Juniuor Pernambucano.

No próximo ano, o Império da Tijuca será a sétima escola a desfilar pela Série Ouro do carnaval do Rio, no sábado de carnaval (18/02).

1º SETOR – Das cores do axé nasce a vida.

O Olodumare Deus supremo criador riscou o universo com as cores e a força do axé, tal qual o artista pinta uma tela em branco, desta energia ancestral surgiu a natureza e da natureza os elementos e os deuses orixás que cultuamos.

Ala 1: “kosi Ewe, kosi orixás” (Sem folha não há orixá).

No início o axé se ramificou em galhos frondosos que criaram raízes fortes e encheram de verde o mundo que conhecemos. Destas raízes também nasceram os deuses orixás.

Ala 2: Orixá Elemento.

A tinta se espalha e tinge de vida o planeta. Cada cor é um elemento, cada elemento é um orixá.

2º SETOR – O axé do assentamento.

Fincada a raiz é assentado o orixá, para que possamos cultuá-los em batuques e rituais.

Ala 3: Instrumentos sagrados.

Além do assentamento, cada orixá possui seu instrumento. Seja para guerrear, ou para celebrar. Esses instrumentos também são fontes de axé

Ala 4: Ogãs.

“Firma o ponto na gira, não deixe cair”! Para trazer o orixá pavimentam a estrada do batuque que movimenta os corpos e enche de som os terreiros. São os Ogãs que orquestram histórias contadas em rituais.

Ala 6: Iaôs.

Deitei pra santo, raspei, catulei. O axé também é energia que é passada, da entidade para a humanidade, e para fazer a cabeça é preciso a iniciação. É nesta iniciação que surgem as Iaôs.

Ala 7: Babalorixá e Ialorixá.

São eles quem guardam histórias de axé dos terreiros. Responsáveis por cuidar dos assentamentos e guiar os filhos de santo, passando de geração em geração os rituais e saberes.

3º SETOR: Nuance de festa emoldurada na fé.

Assentado o orixá abrimos os terreiros e ocupamos as ruas, prontos para celebrar e espalhar axé colorindo de vida as ladeiras.

Ala 8: O Padê abre os caminhos.

Antes de começar as festas e celebrações oferecemos o Padê para Exu.

É Exu quem abre os caminhos e agencia a boa vontade dos orixás que serão invocados nos cultos. Laroiê Exu!

Ala 9 (PASSISTAS): Lavagem do Bonfim.

Na quinta-feira que antecede o segundo domingo após o dia de Reis, no mês de janeiro, celebramos a famosa lavagem do Bonfim. Os fiéis ocupam as ladeiras da Cidade Baixa, em Salvador, para testemunhar o encontro de duas faces, Nosso Senhor do Bonfim com nosso pai Oxalá. Epa Babá Oxalá!

ALA 10 (BATERIA): Devotos do Bonfim.

Subimos a ladeira pra celebrar nosso pai Oxalá sincretizado na fé e pedir axé! Amém nosso Senhor do Bonfim! Epá Babá Oxalá!

ALA 11 (BAIANAS): Oferendas.

Cada orixá possui seu alimento e é através desse alimento que passamos nossos agradecimentos aos orixás. Nossa ala de baianas vem carregada de axé para colorir a avenida e celebrar mais um ano de tradição e resistência no samba.

mais um ano de tradição e resistência no samba.

Ala 11: Olubajé.

“Um banquete para o rei vamos te oferecer”. É na folha de mamona que servimos as comidas típicas da festa em homenagem a Obaluaiê rememorando o Itã. Recebemos o axé através do banho de pipoca, cantamos e dançamos ao som do Opanijé e acima de tudo, confraternizamos em paz e harmonia. Atotô Obaluaiê

Ala 12: Fogueira para Xangô.

É no mês de julho que celebramos São João e acendemos a fogueira pra Xangô, tocamos o alujá, entoamos cânticos para o rei do fogo e da justiça! Kabecilê Xangô!

Ala 13: Barcos em oferenda.

No dia dois de fevereiro, os barquinhos adornados com flores e enfeites deslizam pelas águas azuis na eminência do axé de Yemanjá. São preces e cânticos que ecoam nas praias da Bahia, inspirando o olhar atento do artista. Odoya Yemanjá!

4º SETOR: O axé da troca.

Adoramos celebrar e agora é hora de compartilhar e receber axé na troca das mãos, no cheiro da feira, no vem e vai dos corpos e dos gestos.

Entramos agora no último setor para mostrar que axé é a energia que cada um carrega dentro de si e vibra para o mundo.

Ala 14: Tabuleiro da Baiana (Acarajé).

No tabuleiro da baiana tem axé, cada porção contém um pouco de ancestralidade e ensinamentos dos terreiros de candomblé. As baianas ocupam as calçadas para partilhar e receber axé através do acarajé e de tantos outros produtos. É assim que ganham a vida e perpetuam a tradição.

Ala 15: Feira dos Objetos de Axé.

Quem não pode com mandinga não carrega patuá! Mas na dúvida é melhor proteger o corpo e alma com uma figa para dar boa sorte e abrir os caminhos. Objetos de axé guardam dentro de si energias positivas que nos dão confiança para alcançar nossos objetivos.

Ala 16: Feira de São Joaquim.

Na feira de São Joaquim encontra-se de tudo e troca-se axé.

É na gritaria do vai e vem da feira que passamos energia uns para os outros e compramos aquele banho de ervas para vibrar positivamente. Também é na feira que experimentamos aquele bom peixe frito pescado logo cedo e envolto em histórias e axé do pescador.

Ala 17: Na ginga da capoeira.

No som do berimbau está a vibração do axé, que movimenta o corpo para o jogo de capoeira. Dançando e lutando compartilhamos energia, enfeitamos de cores e movimentos as ladeiras da Bahia.

Ala 18: Boêmia.

A noite cai e com ela vem a troca de axé nos bares e esquinas. Partilhamos risadas e boas histórias na mesa dos botecos ao som do samba.

 Ala 20: Pavilhão.

Nessa viagem de axé chegamos às celebrações baianas e cariocas das escolas de samba. Para cada agremiação o pavilhão é a fonte de axé que no girar da porta-bandeira preenche de axé as quadras e guarda preceitos e tradições dos que se já foram. Hoje reimaginamos nosso pavilhão através dos traços do artista que pintou tantas manifestações de axé.

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