RJ – Jorge Perlingeiro defende Carnaval no meio do ano “A decisão precisa vir antes porque não dá para fazer carnaval para fevereiro”

A realização do Carnaval de 2021 é uma grande dúvida oficial, mas um consenso que não há como aglomerar milhões de pessoas sem uma vacina. No Rio de Janeiro o anúncio do adiamento ou cancelamento da festa em 2021 será feito na live de Jorge Perlingero no próximo dia 28.  Em entrevista ao o portal ao Yahoo!, o locutor defende a realização do carnaval em Julho.

Estou louco para que haja carnaval porque ele não pode esperar até 2022. Isso esvazia o espetáculo, a comunidade, tudo. Penso que até novembro poderemos falar com termos mais concretos sobre a realidade (da pandemia). Só que a decisão precisa vir antes porque em novembro não dá para fazer carnaval para fevereiro. Por isso sou favorável a carnaval no meio do ano. É um projeto que já existe e de extrema importância. Julho é um mês de férias, não chove, é fresco, o turismo é grande, tem tudo para dar certo. Por isso sou contrário a cancelar”, disse o diretor da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro.

Na última reunião da liga as escolas de samba não chegaram a um consenso e definiram que o martelo seria batido em setembro, que é a data limite para que a indústria do Carnaval (fantasias, carros alegóricos, venda de ingressos) comece a trabalhar.

Na minha opinião e outras cinco escolas, se não tiver uma vacina que dê o covid-19 como página virada, dificilmente vamos conseguir fazer um carnaval em fevereiro. Carnaval é bloco, é frevo, é rancho, é rua, é alta-sociedade e obviamente aglomera pessoas”, pontuou

Em sua live no final do mês, ele promete adiantar qual será o consenso das escolas. O evento, que será transmitido direto da Cidade das Artes, contará com a presença de Jorge Castanheira (presidente da Liesa), Fabricio Villa Flor (presidente da Riotur), Camila Vieira de Sousa (Secretaria Especial de Turismo e Legado Olímpico), Adolpho Konder (Secretário Municipal de Turismo) e comentários de Milton Cunha.

Milton Cunha será o comentarista da live

Perlingeiro ainda avaliou o interesse do município de governo na realização da festa. “A Liesa gera de renda para eles junto com a rede hoteleira, mais restaurantes e comércio, todo mundo ganha com o Carnaval. Mas a decisão não tem que partir das escolas e sim da saúde, ela é baseada em uma realidade que é a epidemia”, ressaltou.

O diretor ainda apontou que a indústria do carnaval tem uma responsabilidade a cumprir com a sociedade. “A gente não pode ser leviano ao ponto de fazer de qualquer maneira sabendo que pode haver uma segunda onda, que o vírus pode continuar. Como vamos conseguir patrocinadores se a empresa não tem a certeza do cumprimento do cronograma? Dar a ele um espetáculo durante uma pandemia? Ninguém vai comprar ingresso”, afirmou.

O Carnaval que é um produto de primeira necessidade para a cidade do Rio de Janeiro, principalmente em momentos difíceis como os que vivemos. É importante que tenhamos essa válvula de escape para trazer alento para o povo”, concluiu.

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