Na ultima semana, a Liga-SP emitiu declaração que estuda a possibilidade de realizar o carnaval no Anhembi com 70% da capacidade do Sambódromo e com obrigatoriedade para o uso de máscaras para desfilantes e publico que pretende assistir. Jorge Perlingeiro, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, afirmou em entrevista à Rede CNN que os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial não seguirão os mesmos protocolos sanitários estabelecidos pelos organizadores do carnaval de São Paulo.
O dirigente explicou que o uso da máscara impede o julgamento de quesitos importantes como a harmonia, onde ocorre a avaliação do entrosamento ou não dos desfilantes com o ritmo e o canto do samba de enredo.
“Não há como fazer desfile sem 100% do público no Rio. Os ingressos já foram vendidos e com 70%, a festa, que é muito cara, não vai se pagar nunca. Sobre uso de máscaras, como você vai julgar a Harmonia das escolas? Já está decidido, só pisa na Sapucaí quem estiver vacinado, seja para trabalhar, assistir ou desfilar”, afirmou.
A definição sobre os desfiles na Marquês de Sapucaí deve ser divulgada na próxima segunda-feira (24/12), quando será realizada a próxima reunião do Comitê Científico de Enfrentamento à Covid-19, que assessora a prefeitura da capital fluminense nas decisões sobre a pandemia.