RJ – Mangueira de Cartola, Jamelão e Delegado celebra suas raízes durante seu desfile em “Cinquenta Tons de Rosa”

A Mangueira, segunda escola a cruzar a Marquês de Sapucaí nesse primeiro dia de desfiles do grupo especial do Rio de Janeiro, entra na avenida homenageando três pilares do samba: Cartola, Jamelão e Delegado. Angenor, José e Laurindo, primeiros nomes do poeta, do cantor e do mestre-sala, batizam o samba-enredo da rosa e verde.

O carnavalesco Leandro Vieira apostou com força nas cores da escola, resgatando a tradição mangueirense para decorar os carros e também colorir fantasias. São “50 tons de rosa” na avenida, afirma o carnavalesco. O conjunto de fantasias, inclusive, foi grande destaque do desfile.

O sambista Nelson Sargento, que morreu em maio do ano passado aos 96 anos, foi homenageado no carro abre-alas. Enquanto integrantes fantasiados de Cartola, Jamelão e Delegado sambavam na alegoria. Outro destaque do carro foram rosas que subiam, cada vez que Cartola entoava “As Rosas Não Falam”, um de seus maiores sucessos.

Um dos fundadores da escola, Cartola foi quem escolheu os tons verde e rosa como as cores da agremiação, além de ter dado o nome de Mangueira. A ala O Rei da Mangueira trazia componentes com uma roupa colorida clássica do poeta e compositor. Ele e Dona Zica ainda foram homenageados em uma alegoria cenográfica. Um dos carros exalava o perfume de flor de laranjeira, o favorito de sua amada.

Foto: Nilton Brito/ NB Photopress

As obras e trajetórias de Cartola, Jamelão e Delegado surgiram, respectivamente, em esculturas, fantasias e alegorias. O desfile seguiu uma sequência referências de cada um dos homenageados. Com total sincronia, Squel Jorgea e Matheus Olivério, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, foram um dos pontos mais alto do desfile, vieram dançando à frente da bateria.

A rainha de bateria Evelyn Bastos desfilou com uma lace cor-de-rosa e costeiro verde e rosa, celebrando as cores da escola. Já a cantora Alcione, que desfilou como destaque em um dos carros, foi ovacionada ao descer do carro já na dispersão.

O Intérprete da escola, Marcos Pereira Antonio, o Marquinho Art’Samba, passou mal durante o desfile com uma aparente falta de ar, e precisou de atendimento médico ainda no carro de som. Bombeiros subiram no carro de som para o socorro do cantor, enquanto o samba era sustentado pelos puxadores auxiliares que vinham no solo. Marquinho chegou a tirar a camisa e recebeu oxigênio por uma máscara.

Foto: Nilton Brito/ NB Photopress

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