Após a escolha do hino para 2020, a diretoria da verde e rosa optou por fazer pequenas alterações na obra dos compositores Manu da Cuíca e Luiz Carlos Máximo.
Ontem a escola lançou videoclipe no seu canal oficial para divulgar o samba na sua versão definitiva.
No trecho do refrão, o “Mangueira, samba que o samba é uma reza, se alguém por acaso despreza, teme a força que ele tem” perdeu um verso inteiro e ficou assim:
“Mangueira
Samba teu samba é uma reza
Pela força que ele tem”
A preparação para o refrão também foi modificado. O trecho “Do céu deu pra ouvir o desabafo sincopado da cidade; quarei tambor, da cruz fiz esplendor; e num domingo verde-e-rosa; ressurgi pro cordão da liberdade” também perdeu um verso e ficou assim:
“Do céu deu pra ouvir
O desabafo sincopado da cidade
Quarei tambor da cruz fiz esplendor
E ressurgi no cordão da liberdade”
LETRA NA VERSÃO DEFINITIVA:
Eu sou da Estação Primeira de Nazaré
Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher
Moleque pelintra do buraco quente
Meu nome é Jesus da gente
Nasci de peito aberto, de punho cerrado
Meu pai carpinteiro desempregado
Minha mãe é Maria das Dores Brasil
Enxugo o suor de quem desce e sobe ladeira
Me encontro no amor que não encontra fronteira
Procura por mim nas fileiras contra a opressão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão (Bis)
Eu tô que tô dependurado
Em cordéis e corcovados
Mas será que todo povo entendeu o meu recado?
Porque de novo cravejaram o meu corpo
Os profetas da intolerância
Sem saber que a esperança
Brilha mais que a escuridão
Favela, pega a visão
Não tem futuro sem partilha
Nem messias de arma na mão
Favela, pega a visão
Eu faço fé na minha gente
Que é semente do seu chão
Do céu deu pra ouvir
O desabafo sincopado da cidade
Quarei tambor, da cruz fiz esplendor
E ressurgi pro cordão da liberdade
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também