RJ – Mangueira pronta para escolher seu hino para o carnaval de 2022

Amanhã (28/09) é a data que a nação verde e rosa vai conhecer o samba que vai embalar a Estação Primeira de Mangueira no carnaval de 2022. O anuncio será feito logo após a gravação, para o programa global “Desafio do Samba”, com três parcerias finalistas. A Mangueira é a primeira escola a gravar o programa na cidade do samba, as 10:00 horas da próxima terça feira.

Acervo Liesa

No próximo carnaval, a Mangueira vai homenagear três dos maiores ícones de sua história: CartolaJamelão e Mestre Delegado. Com o enredo “Angenor, José e Laurindo“, assinado por Leandro Vieira.

OUÇA AS OBRAS FINALISTAS
Compositores: Ézio, Caíque, Robson e Thiago
Soa Poesia na voz dessa gente Retinto bailado, gingado indolente A trinca de ouro da nossa Cultura Eu sou a Mangueira, ninguém me segura!
Em cada “canto” do morro haverá: Um quê de arengueiro e “Minha” viola A “Rosa” de raro perfume Do verde ao lume Do sonho à escola Na “Alvorada” em poesias “Construindo” melodias Cordas de aço em nossa trincheira E se “O Mundo é um Moinho” A sorrir em meu caminho Volto à Estação Primeira
“Minha Mangueira” Nunca se esqueça de quem é a sua voz O povo “interpreta” na avenida Quem “interpretou” em vida A emoção de todos nós
Quem sou eu pra ter direitos exclusivos sobre ela? Se o samba é matriz lá na favela E o artista no asfalto… “Autoridade” Feito o Pai da nota dez Ilustre filho deste chão Conduz em passos tão lindos Uma legião de Angenores, Josés e Laurindos Que tiram versos da “CARTOLA” Em doces notas feito “JAMELÃO” O samba nasceu “DELEGADO” à Primeira Estação
Compositores: Paulinho Bandolim, Renan Brandão e Guilherme Sá
Mangueira Nos acordes da saudade vai buscar O Angenor que escolheu as nossas cores Cimentou a poesia nesse morro singular Enfim… ah! meu jardim Onde a brisa traz inspiração Habitado por versos e mãos calejadas O chão da pobreza me fez realeza E ainda que as rosas não falem Seu perfume exalam por nossa Escola Inebriam meninos que sonham em ser Cartola
Ouça a minha voz No sobe e desce das ladeiras No cantar das lavadeiras No timbre do bamba José
Ouça a minha voz Na apoteose, um trovão De Lupicínio às gafieiras Ecoa o rei Jamelão
Dinastia do velho Marcelino Laurindo, obá da favela Em cada corpo um bailarino Ginga feito drible na viela No asfalto, sentinela do estandarte Sou mestre-sala Carrego um legado em meus pés Aprendi com Delegado A flutuar pra ganhar a nota dez Eu sei que no céu eles brilham por nós Parecem estrelas da minha bandeira São pretos reis iluminando a Estação Primeira
Você sabe o que é ter um amor? Mangueira, meu dom é compor Cantar e dançar por você a vida inteira Herdei a nobreza do samba O mesmo sangue na veia
Compositores: Moacyr Luz, Pedro Terra, Bruno Souza e  Leandro Almeida
Mangueira… teu cenário é poesia Liberdade e autonomia Que o negro conquistou (ôôô) Mangueira… a alvorada anuncia O legado a dinastia A sabedoria se chama Angenor Nesse solo sagrado o samba ecoou Tem cantor, mestre-sala e compositor Lustrando sapato, vendendo jornal Chapéu de pedreiro no mesmo quintal Três iluminados reis do carnaval
As rosas não falam, mas são de Mangueira Eu vi seu Laurindo beijando a bandeira José Clementino na flor da idade O sol colorindo a minha saudade
É verde e rosa a inspiração A devoção por toda nossa raiz Quem traz a cor dessa nação Sabe que o morro é um país A voz do meu terreiro imortaliza o samba E quem guardou com amor o nosso pavilhão Tem aos seus pés a nossa gratidão
Só sei que Mangueira é um céu estrelado Não é brincadeira, sou apaixonado A Estação Primeira relembra o passado Valei-me Cartola, Jamelão e Delegado
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