RJ -O tradicional bloco Bafo da Onça completa 66 anos

Em 12 de dezembro de 1956, nascia o Bloco Carnavalesco Bafo da Onça. Na mesa de um bar no bairro do Catumbi, situado no centro do Rio de Janeiro, uma “reunião” entre amigos fundou um dos mais conhecidos blocos do mais conhecidos do carnaval, a inspiração para o nome se deu pelo pelo senhor Sebastião Maria, popularmente conhecido como, Tião Carpinteiro, que durante o carnaval desfilava  fantasiado de onça-pintada.

O Bairro Catumbi era uma referência, popularmente conhecido e visitado por seus desfiles de blocos e ranchos, que desfilavam em suas ruas e avenidas nos dias de carnaval. Entre esses blocos e ranchos existiam o Rancho Carnavalesco União dos Caçadores (campeão de vários carnavais), Rancho Carnavalesco Unidos do Cunha, Rancho Carnavalesco Inocentes do Catumbi, Bloco Carnavalesco Astória Futebol Clube (tri-campeão de “Banho à Fantasia” em Copacabana) e o Bloco Carnavalesco Vai Quem Quer, que apesar de pertencer ao bairro do Flamengo, também desfilava nas ruas do Catumbi.

O historiador de carnaval Hiram Araújo em seu livro “Carnaval Seis Milênios de História”, denomina-se como Bloco Carnavalesco de Empolgação,quando é estruturado seguindo o modelo de bloco simples, sem variações de fantasias, alegorias e enredos, sendo divididos em grupos e séries, desfilando no centro do Rio de Janeiro (na Avenida Rio Branco) e nos subúrbios, tanto o de sua fundação, quanto em outros próximos bairros próximos.

Mostrando seu gigantismo na década de 1960, o bloco chegou a desfilar na Avenida Rio Branco com mais de 1500 componentes, apresentando o tema “Decência, respeito e união”, e este número era maior que muitas escolas do Grupo B da época.

Conhecida como Madrinha do Samba Beth Carvalho, laçou no início da década de 1970, o compacto simples “Amor, amor, amor”, um dos samba de maior sucesso do bloco. Badalado o bloco também contavam com as participações de Sargentelli e suas mulatas, João Roberto Kelly e Dominguinhos do Estácio. Grandes nomes da época faziam parte deste grupo musical, compositores de renome gravam os discos com as marchinhas, e em m 1976 foi lançado um disco do qual participaram dois dos mais importantes intérpretes do bloco, sendo eles a cantora e compositora Marly, também conhecida pelo pseudônimo “Marly, a Onça que Canta” e Osvaldo Nunes, também compositor do maior sucesso do grupo, o samba-empolgação “Oba”.

Ainda nos dias atuais os blocos carnavalescos possuem grande relevância e agitam o carnaval, a essência mesmo com todas as dificuldades para se manterem. O Bafo da Onça em específico sofreu bastante desde a urbanização do bairro do Catumbi, principalmente com a construção do Elevado Trinta e Um de Março e da abertura do túnel Santa Bárbara, que dividiram o bairro em dois, demolindo casarões centenários e removendo quadras inteiras de moradores de famílias tradicionais do bairro, que mantinham como referência cultural os diversos blocos de empolgação. No ano de 2003 o Bafo desfilou juntamente ao o Bloco Cacique de Ramos e o Bloco Boêmio de Irajá, como “hors concours” na Avenida Rio Branco, considerados históricos e grandes referências na cidade.

O Bloco se mantém da venda de suas camisas, e caso você queira ser um colaborador, entre em contato com as redes sociais do Bafo da Onça.

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