RJ – Ônibus realista na União da Ilha desagradou julgadores de Enredo e Alegorias

De acordo com as justificativas divulgadas pela LIESA na noite de ontem (19), quase todos julgadores dos quesitos plásticos não aprovaram a ideia de alegorias realistas dentro da proposta apresentada pela União da Ilha no carnaval 2020.

Com apenas uma nota 10 em bateria em toda apuração, a tricolor perdeu muitos décimos nos quesitos ligados diretamente ao Enredo. Com plástica bastante criticada, a escola acabou rebaixada para a série A em ultimo lugar na classificação geral. Muito devido a mal sucedida “inovação estética”.

No quesito enredo, a escola perdeu 0,7 décimos (com descartes) na pontuação geral. Vários julgadores deste quesito citam uma ala não roteirizada, isto é, que não constava no livro entregue a LIESA. Inclusive o Julgador Marco Antonio Maso foi enfático em descrever a falha.

Ainda dentro do quesito enredo o julgador Marcelo Figueira, despontuou a tricolor em 0,3 décimos ao apontar vários problemas no desenvolvimento. O mesmo ainda cita desconforto com a Alegoria 2 (“… E VAI TRABALHAR), onde a escola colocou um Ônibus na avenida para representar a angústia do povo, quase sempre, vivida no interior dos coletivos urbanos. Johnny Soares cita entusiasmo inicial com o abre alas da escola, mas descreve seu despontamento com a mesma alegoria do coletivo urbano.

Já os julgadores de Alegorias e Adereços também foram impiedosos, a agremiação recebeu nota 9,6 neste quesite. A maior nota da União da Ilha em alegorias e Adereços foi 9,8. A escola alcançou 29,3 no total deste quesito (5 julgadores – descarte da maior e da menor nota).

Madson Oliveira apontou todo conjunto alegórico como irregular e descreveu as fantasias dos componentes como trajes “civis” na alegoria numero 2, além de estranhamento pela “não carnavalização” do elemento que ele julgou como pequeno demais. Tereza Piva escreveu quanto a duvida se o elemento poderia ser um tripé, pela dimensão inusitada para o padrão das alegorias atuais. No que ela não considerou devido a quantidade de componentes dentro da alegoria. Fernando Lima e Soter Bentes, assim como seus pares, despontuaram falhas em outras alegorias, e deixaram registrado no caderno de notas, suas insatisfações com a falta de visibilidade sobre a teatralização dos componentes dentro da polemica Alegoria 2. Já Walber Angelo, também do quesito Alegorias e Adereços, foi o dono do 9,6. O julgador citou falta de criatividade, e deixou seu questionamento sobre a  lógica e contexto para tal ousadia plástica.

Apos apuração e rebaixamento, o Carnavalesco Cahe Rodrigues, em exclusiva para o Carnaval N1, explicou na ocasião, que todo o mal sucedido projeto para o carnaval 2020 foi ideia do diretor de carnaval Laíla e quase toda concepção do outro carnavalesco, Fran Sérgio. O mesmo alegou que teve pouca chances de intervir naquilo que ele já esperava ser trágico.

Ainda na noite ontem (19), a União da Ilha do Governador divulgou um super time para dar a volta por cima em 2021 e tentar retornar a elite do carnaval carioca. Com Fran Sergio e Laíla fora do projeto, Cahe assume o carnaval no que diz respeito a plástica, e desta vez em parceria com Severo Luzardo, que retorna a escola após um hiato de um ano.

Por Waldir

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