Em live nas redes sociais na tarde desta terça feira (04/12), o Prefeito do Rio, Eduardo Paes, decidiu cancelar o carnaval de rua pelo segundo ano consecutivo. Em contrapartida os desfiles das escolas de samba na Marques de Sapucaí está garantido em fevereiro de 2022.
Após investimento de cerca de R$ 40 milhões na infraestrutura da festa, os patrocinadores do carnaval de rua do Rio cobraram um posicionamento do prefeito. Eduardo fez uma breve explanação sobre a diferença entre as diversas manifestações culturais na cidade durante o carnaval, tanto quanto a forma que cada uma deve ser tratada. No entendimento da Prefeitura não há qualquer possibilidade de controle daqueles que estarão participando das celebrações dos blocos de rua.
Em outubro do ano passado, a Riotur, informou que 620 pedidos de desfile de 506 blocos de rua foram cadastrados para o Carnaval 2022.
Eduardo deixou em aberto a possibilidade debater outras formas de apresentação de alguns dos mais tradicionais blocos de rua do Rio em forma de lives ou apresentações em locais com controle de acesso. A live contou a participação de Daniela Maia, presidente da Riotur e do secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz.
Desfiles das Escolas de Samba
A Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Riotur, oficializou na ultima quinta-feira (16) o repasse de R$ 1,5 milhão para cada uma das 12 escolas de samba do Grupo Especial. O subsídio, que é tratado como um incentivo cultural através da Lei 13303. De acordo com informações do DO, a primeira parcela do montante prometido já foi pago, quando as escolas receberam R$ 500 mil cada. Agora em janeiro, a ideia é depositar mais R$ 850 mil. Já após os desfiles, mediante prestação de contas, a prefeitura pagará a parcela final de R$ 150 mil.
Sobre o controle sanitário no sambódromo do Rio, Jorge Perlingeiro, presidente da Liga Independente das Escola de Samba (Liesa) adiantou que existe alternativa para uma nova medida sanitária nas noites de desfile: todos que quiserem assistir ou participar do espetáculo precisarão mostrar o passaporte vacinal, e o uso obrigatório de máscaras.
Para conseguir verificar a imunização das pessoas que assistem e participam dos desfiles, a Liesa pretende empregar o mesmo sistema utilizado no Grande Prêmio de Fórmula 1 de São Paulo, realizado no mês passado. Na ocasião, os participantes precisaram se cadastrar em uma plataforma específica.
A decisão sobre os desfiles realizados na estrada Intendente Magalhaes, assim como os ensaios técnicos na Sapucaí, serão discutidos na próxima semana.