RJ – Primeira noite de desfiles da Série Prata: Renascer de Jacarepaguá se destaca

A primeira noite de desfiles da Série Prata foi aberta pela Arame de Ricardo, com o enredo “Amor de Carnaval – O que passou, passou”, com os carnavalescos Fábio Giampetro e João Vítor. A bateria Ritmo Malvado, da agremiação de Ricardo de Albuquerque foi o grande destaque da escola. A ausência de destaques e de composições pode prejudicar a escola da Zona Norte

A Sereno de Campo Grande trouxe o enredo “Se o samba tem mandinga vem da África a nossa ginga”. Sob intensa chuva, a escola trouxe 850 componentes e teve como carnavalescos Amarildo de Mello e Wagner Lima. O carnavalesco campeão da Grande Rio desfilou de baiana no Sereno. Em razão de ter trazido um enredo afro, a escola abusou dos grafismos africanos, do animal print e dos tons terrosos.

A Independente da Praça da Bandeira fez um enredo sobre o Nordeste e trouxe em sua comissão de frente uma referência às esculturas de barro de Mestre Vitalino. A escola de São João de Meriti teve como primeiro casal de mestre sala e porta bandeira Wellington Junior e Carolzinha Gurjão, representando “Quentão, figueira e balões”. A saia em tule foi o destaque na indumentária do quesito, quanto ao uso de materiais alternativos. Destaque também para a ala de crianças, que representou o frevo. A escola meritiense desfilou sob forte chuva. Chamou a atenção o fato de um grupo de capoeiristas vestir roupas “normais”, não carnavalizadas.

A Raça Rubro Negra exaltou o Brasil e trouxe um samba já defendido pelo Império Serrano, em 1964: Aquarela Brasileira. O carnavalesco é Jorge Knawer. A escola enfrentou alguns problemas técnicos em fantasias e na realização e acabamentos de alegorias. Uma das alegorias da escola flamenguista era o tripé trazido pela Estácio de Sá no desfile de quinta feira (20). A escola precisou acelerar para não estourar o tempo.

O Arranco trouxe como enredo o músico Alceu Valença, e com 700 componentes, teve como carnavalesco o artista Walter Guilherme. Ainda sob forte chuva, a escola de Engenho de Dentro não contou com a presença do artista homenageado. A bateria Sensação veio vestida de “O Mistério do Pirata José”, inspirada em uma das canções de Valença. O primeiro casal trouxe o brasão de Pernambuco em sua indumentária.

A Independente de Olaria teve o jovem carnavalesco Alex Carvalho, como seu diretor artístico. Trouxe o lobo, símbolo da escola, em seu abre alas, num enredo que tratava sobre a Festa da Penha. A escola passou compacta, com componentes animados e disputa por uma boa colocação

A Renascer trouxe o próprio bairro de Jacarepaguá como enredo, porém com sua História relida pelo artista plástico e interno da Colônia Juliano Moreira, Arthur Bispo do Rosário. A escola desfilou imponente, trazendo um pede-passagem, um tripé na comissão de frente e todos os carros articulados por profissionais de Parintins, como o que trazia os jacarés que nomeiam o bairro. A grandiosidade da escola do Largo do Tanque a coloca numa posição de destaque quando comparada às outras agremiações da primeira noite de desfiles.

O Império da Uva, de Nova Iguaçu, teve como enredo “Andar com fé eu vou”, elaborado pelo carnavalesco Amauri Santos. Trouxe alegorias grandes e passou com alguns problemas de evolução.

A Acadêmicos da Diversidade, do Morro da Serrinha, foi fundada em 2018. Fez uma homenagem aos indígenas, ao meio ambiente e ao orixá Oxóssi. Teve como carnavalescos Ismael Santos e Evandro Sebastian.  

Um dos indígenas da Comissão de Frente da Acadêmicos da Diversidade. Foto: Reprodução: TV Alerj

As duas ultimas escolas a desfilar, Dificil é o Nome e Botafogo Samba Clube desfilaram para arquibancadas praticamente vazias. A chuva impiedosa e o horário tardio dificultaram a presença de público para as agremiações.

A Difícil é o Nome tratou sobre as Mulheres Negras, com o enredo “Nobreza na cor, soberana na raça… Rainhas do ventre da humanidade””, desenvolvido por Cássio Carvalho. A escola de Pilares retratou a Rainha de Sabá na Comissão de Frente. A escola teve problemas de Harmonia e seus poucos componentes, já cansados, desfilaram com pouca empolgação, o que pode acarretar perda de pontos no quesito. O intérprete da escola foi Pixulé e destaca-se, também, o fato de a alvirrubra ter uma diretora de carnaval: Cris Alves. Uínca mulher a ocupar o posto na da Série Prata.

Desfile aguardado, o Botafogo Samba Clube foi o último a pisar a Estrada Intendente Magalhães e encontrou problemas. A ala de baianas saiu em número menor que o mínimo estabelecido, além de ter havido problemas no figurino das senhoras. A escola também enfrentou problemas de evolução. Os carnavalescos Ricardo Hessez e Marcelo Adnet foram felizes na abordagem ao homenageado João Saldanha no enredo “Um apaixonado pela verdade caminhando em tempos de ilusão”.

Marcelo Adnet é um dos carnavalescos da Botafogo Samba Clube. Saiu no alto de uma alegoria.
Foto: Reprodução TV Alerj.
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