Com mais de cinquenta anos dedicados ao Carnaval, a ex porta-bandeira da Imperatriz Leopoldinense, Maria Helena, 77 anos, faleceu neste domingo (20/03), deixando história no carnaval. Seis vezes campeã do carnaval carioca e vencedora de três prêmios Estandartes de Ouro, Maria Helena dançou ao lado de seu filho Chiquinho entre os anos de 1983 a 2005.
No ultimo Domingo (13/03), Maria Helena, acompanhada de Chiquinho, participou do ensaio técnico da escola na Sapucaí.
A Porta bandeira é o enredo da Unidos de Manguinhos, escola que desfila no acesso da Intendente Magalhães.
A Alma Guerreira de Ramos
A mineira Maria Helena Rodrigues mudou-se para o Rio, aos 15 anos, para cumprir função de doméstica. Começou a desfilar pelos blocos Cometas do Bispo, no Rio Comprido, e Quem Quiser Pode Vir, na Pavuna, onde conheceu o lendário mestre-sala Bagdá, da Portela.
Na década de 1970, fez sua estreia como porta-bandeira na escola Unidos da Ponte. Começou a frequentar a quadra da Imperatriz Leopoldinense, que ficava perto de onde morava. No carnaval de 1978 já era a segunda porta-bandeira da escola.
Foi Luizinho Drummond, quem oficializa Maria Helena como primeira porta bandeira, em 1982. Bagdá se desligou da Imperatriz em 1983 e Maria Helena sugeriu o próprio filho, Chiquinho para substituir-lo. Estava criada uma das melhores duplas de casais de todos os tempos. Até 1987 na Imperatriz, Maria Helena e Chiquinho completaria seis carnavais com todas notas máximas.
Depois de 25 carnavais juntos, Maria Helena e Chiquinho foram dispensados da Imperatriz em 2005. O retorno a escola de Ramos se deu em 2008, onde desfilaram como destaque de chão. Em 2020, mãe e filho, fecharam o desfile campeão da escola como destaques da ultima alegoria. Foi mais uma forma de agradecimento, em plena avenida, ao legado desta mulher de vida sofrida, origem humilde e com alma guerreira nesta festa chamada carnaval.
Salve Maria Helena!
