RJ – Unidos da Villa Rica já tem sinopse para seu próximo enredo

Enredo: Caboclo bradou na mata

Hoje é dia de festa, traz axé dos seus irmãos

Viva o povo da floresta

Carnavalesco: Juniel Dias

Sinopse

Tudo se inicia com o convite do caboclo Cobra Coral para sua festa onde ele apresentará à fartura dessa terra que eles zelam com tanto amor.

Então, Ogum, Oxóssi, Boiadeiro e todos os encantados são chamados para participar. Comeram uma boa caça, beberam uma boa água, vão saborear frutas e legumes e tudo de bom que a terra pode produzir.

Com a licença de Exú, irmão de Ogum, vamos adentrar nessa festa.

Cobra Coral é um caboclo da linha de Oxóssi que possui vinte e um (21) caboclos:

7 Flechas, Folha Seca, Pena Vermelha, Cacique das Matas, Cobra Coral, Jurema, Jacyara, Ventania, Arruda, Aymoré, Arapú, Boiadeiro, Caçador, Flecheiro, Folha Verde, Guarani, Japiasú, Javari, Paraguassu, Mata Virgem, Pena Azul

Caboclo Cobra Coral

Trabalha na vibração de Xangô e das energias das matas, cachoeiras e pedreiras.

Cobra Coral é um índio de origem Asteca, guia chefe no Terreiro de Umbanda. Contam que sua última encarnação na terra foi no estado do Pará, na cidade de Cercania.

Diz a lenda que sua mãe era cozinheira na tribo em que vivia, preparando a comida dos guerreiros. Ela foi picada por duas cobras, mas antes de morrer deu a luz ao seu bebê. Ao nascer o bebê chorou e quando o povo da tribo foi ver, ele estava com as duas cobras nas mãos. Daí, o seu nome Cobra Coral.

Nasceu, cresceu e viveu nessa tribo. Temido por muitos por ter um jeito especial com animais peçonhentos como: cobras, aranhas e escorpiões e conhecedor de vários tipos de veneno da natureza.

Mais tarde passou a ser um grande conselheiro dentro e fora da sua tribo, realizando várias curas. Teve uma morte natural de velhice, trabalha no plano espiritual nos trabalhos de cura.

Começaremos agora a entrelaçar as entidades citadas em uma grande festa, cada um com sua força e seu axé nessa terra para ajudar a quem precisa.

Caboclos: rezas, banhos e curas.

Oxóssi: fartura na mesa e na terra.

Ogum: nas batalhas pessoais da vida terrena e espiritual.

Boiadeiro: junto com Exú abrindo os caminhos para que tudo corra bem na caminhada pessoal de cada um em busca de seus ideais.

Convite ao povo da floresta

Uiara: Mãe d’água, meio mulher, meio peixe. De beleza tentadora que guardou os segredos das águas.

Encantados: Espíritos de índios escravos que desencarnaram e hoje trabalham individualmente usando nomes fictícios na encantaria. Esses seres não morreram e sim, se encantaram.

Caboclos irmãos: Todos empenhados nessa festa. Trouxeram as melhores frutas, caças e pesca para se alimentarem, água fresca, legumes e verduras.

Cantam e dançam na luz de Guaraci, o Deus Sol. Descansam sob os olhos de Jacy, a Deusa Lua. Mesa farta e a festa continua a beira do rio sagrado. Floresta de muito encanto e também muita magia. Guarda riquezas e encantos na terra da encantaria.

Visão do Enredo por eu mesmo

Caboclo bradou na mata.

Oxóssi ouviu primeiro. Chegou com Ogum e Exú, também seu Boiadeiro. Salve o povo da floresta, vai ter festa no terreiro.

Cantam, dançam e rezam com muita fé. Índio faz sua pajelança confirmando sua fé. Acordou com o Sol e dormiu com a Lua.

Preservando a água e os animais e suas ervas de cura. Tudo tem muita beleza de um povo original, que hoje desvenda a sua face em nosso carnaval.

Boa sorte para todos!

Okê, Caboclo

Axé!

No carnaval passado a Unidos da Villa Rica desfilou pelo grupo especial da Intendente Magalhães tendo ficado com o 17º lugar quando apresentou o enredo “Muito prazer, eu sou o samba” do carnavalesco Juniel Dias.

Por Sidnei Louro Jorge Júnior

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