A Unidos do Viradouro foi a penúltima escola a desfilar na Sapucaí, nesta sexta (22). Apresentando o enredo “Não Há Tristeza Que Possa Suportar Tanta Alegria” a vermelha e branca de Niterói declama uma carta de amor de um pierrô para uma colombina. O nome faz referência a um trecho de uma canção de baile do pré-carnaval de 1919.
O forte canto empolgou as arquibancadas, a campeã do Carnaval de 2020 do Rio de Janeiro, fez um desfile correto na luta pelo bicampeonato no grupo especial relembrando a folia de 1919, pós gripe espanhola. Fazendo um paralelo com a pandemia de covid-19 que pausou a festa em 2021, a agremiação mexeu com o sentimento do público e fez um dos melhores desfiles da noite.
A comissão de frente representava a morte, com várias caveiras e a própria imagem da morte representada. Já o abre-alas chamou atenção por sua suntuosidade, com destaque em balanços e mini piscinas. Uma das alas trazia integrantes empurrando doentes em cadeiras de rodas que levantam e começam a sambar em meio ao Carnaval. Os integrantes ficavam embaixo de um dos carros e surgiam de tempos e tempos na avenida, como um elemento surpresa.
O ponto alto foi a bateria, como uma verdadeira orquestra conduziu com maestria o desfile, com vários integrantes que se levantavam entre as bossas para tocar pratos. Erika Januza, bastante emocionada estreou como rainha de bateria. Lorena Improta também desfilou como destaque de chão apenas sete meses após dar à luz sua primeira filha.
Luxo, sofisticação, beleza e animação marcaram o desfile quase impecável, que teve um pequeno problema apenas com o Mestre-Sala Julinho Nascimento, perdeu o sapato em sua performance com a porta-bandeira Rute Alves, em frente ao primeiro módulo de jurados. Experientes, o casal seguiu com uma apresentação sucinta, leve e bastante energia.
