RJ – VOCÊ SABIA que Ayrton Senna foi “Rei da bateria” por uma noite?

Era o desfiles das campeãs e a cidade do Rio estava em plena ressaca do Carnaval de 1992, onde a Estácio de Sá era a ultima escola a desfilar, por ser a campeá daquele ano.
Ayrton Senna não era visto como um cara da noite, mas estava solteiro, curtindo uns raros dias de folga apos o campeonato na temporada de 91, e não conseguiu negar o convite de José Victor Oliva para ir ao Sambódromo naquele sábado.
Apelidado de “Rei da Noite” do eixo Rio-São Paulo naqueles tempos, Oliva colocou Ayrton Senna para ver o Desfile das Campeãs simplesmente no camarote mais badalado do Carnaval do Rio de Janeiro. E Senna aproveitou e caiu na folia.
Lá pelas tantas, pulou a grade que o separava da pista da Sapucaí, vestiu a faixa de campeão, se enfiou no meio da bateria da Estácio de Sá e tentou sambar, todo desajeitado.
Com chapéu de um dos membros da bateria, mão na barriga e ensaiando um rebolado, Ayrton Senna apareceu no meio do desfile da Escola de Samba campeã, justamente a frente da bateria, e faz uma performance histórica ao lado da então rainha Monique Evans.
Por se tratar do Desfile das Campeãs, a maioria dos jornais já havia encerrado a cobertura do Carnaval e poucos fotógrafos estavam presentes.
Imerso na folia, o piloto sequer viu, que Evandro Teixeira, um dos únicos fotojornalistas na pista, apontava a câmera para ele. 
Foto Histórica de Evandro Teixeira
O clique de Senna na Sapucaí, é um dos tesouros da produção de Evandro Teixeira. O fotógrafo baiano, no Jornal do Brasil até então, com mais de 60 anos de carreira no fotojornalismo.
De volta ao camarote, Senna foi bastante assediado, como era de se esperar do nome mais famoso daquele metro quadrado.
No livro “Ayrton: o herói revelado”, o jornalista Ernesto Rodrigues escreve que ele deixou a festa de helicóptero já por volta das 6h30 da manhã e acompanhado.
As escolas de samba do Carnaval no Rio de Janeiro e em São Paulo sempre buscaram contar a história de grandes nomes da história brasileira, e Senna, que nunca mais voltou para se divertir no Sambódromo, não foi esquecido na maior festa do Brasil.
Um ano após sua morte, em 1995, Ayrton Senna recebeu uma homenagem no Carnaval de São Paulo. A Leandro de Itaquera retratou sua trajetória no sambódromo do Anhembi.
A Unidos da Tijuca, que fez homenagem ao piloto brasileiro no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, conquistou o título do Carnaval carioca em 2014 com o samba enredo “Acelera, Tijuca”.
Por Henrique Sathler
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