Em 2008, São Clemente foi punida por causa do tapa-sexo minúsculo usado pela modelo Viviane Castro. O tapa-sexo que tinha de 3,5 cm não teria cumprido sua suposta função, e a escola perdeu meio ponto como punição pelo nu frontal da modelo. O nu frontal em desfile é proibido desde 1989, após ousadia de Enoli Lara que foi a primeira mulher a desfilar nua no Carnaval do Rio. A repercussão do caso Enoli foi tanta que, no ano seguinte, a Liga das Escolas de Samba, declarou proibida a “genitália desnuda”.
Na avaliação da Comissão de Verificação das Obrigatoriedades Regulamentaras da Liesa (Liga das Escolas de Samba), a microfantasia não resistiu a uma hora de desfile e caiu, deixando “a genitália à mostra”, infração prevista no inciso 5º do artigo 26 do regulamento. A escola do bairro de Botafogo (zona sul do Rio) acabou sendo rebaixada, voltando a desfilar em 2009 no Grupo de Acesso.
Mauro Quintaes, um dos três carnavalescos da São Clemente em 2008, declarou a imprensa na época que, “por sorte” de Viviane e da pessoa que elaborou a fantasia (O Já falecido descobridor de musas, Kiko Alves), mesmo recuperando-se os cinco décimos perdidos com a punição, eles não seriam suficientes para livrar a escola do rebaixamento.”Quem veste e quem faz a roupa têm a obrigação de conhecer o regulamento. O problema é que a vaidade é maior, essas pessoas querem o espaço da mídia. Ela não podia entrar na avenida, debaixo de chuva, com um adesivo. É pôr em risco o trabalho de um ano“, disse.
Após toda a confusão em 2008, Viviane Castro, que foi matéria no fantástico e capa de revista masculina, voltou para sua terra, a cidade de Luziânia-GO, para se dedicar à vida de empresária. Participar do carnaval não estava mais nos planos da moça, que disse em entrevista, “não quero chamar atenção, só vim pular carnaval“.
Por Henrique Sathler