RJ – VOCÊ SABIA? Que o Império Serrano já foi para a concentração sem alegorias

No carnaval da Império Serrano de 1972, “Alô, Alô, Tai Carmem Miranda” a Escola do saudoso Mestre Fuleiro chegou com suas alegorias praticamente nuas na concentração, eram apenas ferros e madeiras que deixaram os componentes da Escola da Serrinha, tristes e preocupados.

Em meio ao panico e tristeza na concentração, chega o carnavalesco Fernando Pinto, que foi montando folhagens, bichos, coqueiros que estavam embrulhados em plásticos, transformando os esqueletos das alegorias em uma deslumbrantes florestas e elementos que remetiam ao Tropicalismo, como as coloridas frutas usadas por Carmem em roupas e chapéus . Era o gênio Fernando Pinto que começava despontar para se tornar um dos mais cultuados artistas da história do carnaval.

O Desfile contou com oito mulheres representando Carmem Miranda, entre elas a atriz Leila Diniz, que viria a falecer tragicamente em acidente aéreo meses depois. O samba-enredo da escola, já num formato mais comercial, se projetou para além da passarela de desfiles, sendo gravado posteriormente por grandes intérpretes da MPB, como Elis Regina.

Carmem havia falecido 17 anos antes e o Império Serrano foi a escola campeã daquele ano de estreia do estandarte de ouro, sendo a escola de samba mais premiada, com quatro troféus, entregues no dia 16 de fevereiro no programa de TV do Chacrinha.

Por Henrique Sathler

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