O Sambódromo do Anhembi recebeu, nas noites de sexta-feira e sábado, 22 e 23 de abril, um público eufórico para a abertura dos desfiles do Grupo Especial de São Paulo. Após dois anos de interrupção devido à pandemia, as escolas mostraram muita criatividade e emoção em seus enredos, abordando temas como resistência, ancestralidade e esperança.
Sexta-feira
A Acadêmicos do Tucuruvi abriu a noite com uma homenagem ao próprio Carnaval, celebrando a força e a resistência da festa popular. A Colorado do Brás emocionou o público com um enredo dedicado à escritora Carolina Maria de Jesus, exaltando a luta contra o preconceito e a importância da cultura negra.











A Tom Maior, por sua vez, encontrou na literatura a inspiração para seu desfile, homenageando o clássico “O Pequeno Príncipe”.





A Unidos de Vila Maria, com um desfile que refletia sobre a vida pós-pandemia, trouxe uma mensagem de união e solidariedade, enquanto a Mancha Verde abordou a importância da água de forma poética e emocionante.










Já sob a luz do dia, a Acadêmicos do Tatuapé cantou a história do café no Brasil, apresentando um desfile rico em detalhes e com uma bateria poderosa. A Dragões da Real encerrou a madrugada com uma homenagem emocionante ao mais paulistano dos sambistas: Adoniran Barbosa. A escola trouxe para a avenida a vida e a obra do compositor, com muita alegria e saudosismo.










Sábado
A noite foi aberta pela Vai-Vai, que retornou ao Grupo Especial com uma homenagem aos povos africanos. Em seguida, a Gaviões da Fiel trouxe um enredo contundente, questionando preconceitos e desigualdades sociais.










A Mocidade Alegre emocionou a todos ao celebrar na avenida a história da cantora brasileira Clementina de Jesus, mulher negra e referência do samba carioca.





A Rosas de Ouro, em um desfile marcado pela fé e pela esperança, criticou as declarações do presidente Jair Bolsonaro contra a vacinação, transformando-o em um jacaré na avenida. A Águia de Ouro, por sua vez, fez uma homenagem à cultura afro-brasileira, utilizando o branco como cor predominante em seu desfile.










A Barroca Zona Sul homenageou Zé Pilintra, uma figura importante das religiões afro-brasileiras. Encerrando a noite, a Império de Casa Verde trouxe um enredo que explorou o poder da comunicação.










*matéria editada para atualização de fotos