Era pra ser uma noite pro imperiano lavar a alma. Com quatro composições de qualidade exaltando a mulher brasileira, em especial as imperianas que tanto contribuíram para a cultura de nosso país. Porém distante de uma noite de festa, o evento foi um episódio para se esquecer : brigas, ameaças e o anúncio da retirada da presidente do cargo.
Em uma disputa marcada pelo equilíbrio, ao final das apresentações pairava no ar a pergunta de qual obra seria escolhida como o hino oficial do Reizinho de Madureira para o próximo carnaval.
O intervalo entre as apresentações e o anúncio, algo em torno de uma hora, explicitavam que a decisão não seria de comum acordo. Mesmo após a entrada da diretoria no palco, era possível perceber que ainda havia certo debate a respeito da escolha. Foi quando a presidente Vera pediu a palavra para o anúncio.
Em sua declaração, disse ser uma pessoa transparente, por isso estava infeliz em anunciar o samba vencedor, e que a partir daquele momento deixaria a escola.
Dado o microfone ao intérprete Leléu, ele entoou o samba vencedor da parceria de Aluísio Machado, Lucas Donato, Senna, Matheus Machado, Luiz Henrique, Thiago Bahiano, Beto BR, Rafael Prates e Renan Diniz. A partir desse momento o cenário de folia se transformou e o que foi presenciado foram cenas que nada remetem à imagem que a escola nove vezes campeã do carnaval representa.
Mesas voando, baldes de cerveja sendo arremessados, troca de socos entre torcedores, compositores e diretoria. Pessoas que tentavam sair da quadra sendo recomendadas a permanecerem, pois na área externa haveria um grande confronto.
Em 2020, o Império Serrano será a última escola a desfilar na sexta-feira de Carnaval, com o enredo “Lugar de Mulher é onde ela quiser”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Júnior Pernambucano.
Por Douglas São Pedro.
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