Há dez anos atrás o Brasil perdia um de seus maiores artistas, reconhecidamente um dos grandes gênios do carnaval brasileiro, com grandes apresentações tanto na Marquês de Sapucaí quanto na passarela paulista do Anhembi.
Apenas com 12 anos de idade, com o sonho de ser bailarino profissional, abandonou sua casa no estado do Maranhão, indo direto para a cidade do Rio de Janeiro.
Participou por vinte e cinco anos, do Corpo de Baile do Theatro Municipal carioca e encenar duas óperas, “O Guarani”, de Carlos Gomes, e “Aída”, de Giuseppe Verdi, transformou-se no mais genial carnavalesco do país, revolucionando a estética nos desfiles das escolas de samba.
Muitas inovações foram introduzidas nos desfiles carnavalescos pelo mestre Joãosinho Trinta, como utilização de materiais novos e mais baratos nas alegorias e fantasias, como os recicláveis; simplificou e modernizou as fantasias, preocupando-se com a forma, não apenas com o requinte.
Enredos muito criativos foram apresentados por Joãosinho Trinta nos muitos anos de carnaval no qual atuou em diversas agremiações, tendo tido passagens de sucesso pelo Acadêmicos do Salgueiro, Beija Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos do Viradouro, Acadêmicos da Rocinha, Unidos de Vila Isabel, Império da Tijuca, tendo tido participações importantes também no carnaval mineiro e da capital de São Paulo.
Um pouco de sua vida virou uma cinebiografia, com o título de “Trinta”, no qual Joãosinho trinta foi interpretado pelo ator Matheus Nachtergaele, com direção e roteiro de Paulo Machline.
OBRIGADO MESTRE…
Por Sidnei Louro Jorge Júnior
