Uruguaiana/RS – Segunda Noite de Desfiles em 2020

 

Como já é tradicional no carnaval fora de época de Uruguaiana, as escolas de samba realizam dois desfiles, por isso nessa segunda noite fizeram seu segundo desfile a “Deu Chucha na Zebra” e a “Apoteose do Samba” abrindo os desfiles desta sexta-feira.

Os desfiles iniciaram com mais de duas horas de atraso, infelizmente outra característica do carnaval de Uruguaiana, os constantes atrasos no início da programação de cada noite.

A primeira a entrar na passarela foi a “Deu Chucha na Zebra”, com o objetivo de melhorar a sua avaliação da primeira noite.

Esse segundo desfile da agremiação parece que foi de mais garra, na tentativa de melhoria das notas obtidas no primeiro dia de apresentação.

Havia uma preocupação sobre este segundo desfile da escola pois parece que depois do primeiro desfile, carros da escola teriam se envolvido num acidente, o que poderia prejudicar sua apresentação no segundo dia de desfile.

De novo o samba foi muito bem defendido por Pixulé e a escola parece que veio mais compacta.

Destaque para a coreografia realizada em frente à bateria envolvendo membros desta e a rainha dos ritmistas da Chucha.

Numa simples avaliação a agremiação teve um desempenho melhor do que no primeiro desfile.

Segunda agremiação a desfilar foi a Apoteose do Samba, também em sua segunda apresentação.

Repetiram-se os problemas de acabamento nas alegorias apresentadas e alas com número reduzido de componentes.

Iniciando a etapa de desfiles inéditos, nessa segunda noite coube à Bambas da Alegria realizar seu primeiro desfile este ano, com o tema de enredo “Se Você Falou é Porque Não Acabou. O Bambas da Alegria Clama a Igualdade Racial” do carnavalesco Plínio Santos.

Como reforços de fora da cidade a agremiação trouxe o intérprete Tinga, que defendeu a Águia de Ouro em São Paulo e a Unidos de Vila Isabel no Rio de Janeiro neste ano, casal de mestre sala e porta bandeira Lucinha Nobre e Marlon Lamar, titulares do quesito na Portela, além de outros profissionais.

Comissão de frente com elemento alegórico, representando ritual ancestral.

O primeiro casal veio como “Balanço do Mar”, com fantasias predominantemente em tons de azul e prata.

Ala de baianas em preto e branco, com fantasias bem concebidas e realizadas.

Para que chegássemos ao abre alas, ainda havia duas alas, bastante empolgadas e bem vestidas.

O carro abre alas trouxe como destaque o símbolo da escola, a águia, e a logo do enredo deste ano, com belas esculturas de máscaras africanas em suas laterais. Observaram-se pequenas falhas de acabamento e finalização da alegoria.

A segunda alegoria que apareceu simbolizar uma favela vinham quatro casais executando coreografia de samba de salão.

Alas bem executadas e com ótimo número de desfilantes.

Terceira alegoria com esculturas de negros em sua parte frontal, mas sofrendo com problemas de execução e acabamento.

A bateria encerrou o desfile da agremiação, vindo atrás da última alegoria.

Na sequência foi a vez da Imperadores do Sol ocupar a pista de desfile, com o enredo “No Baticum da Bateria… O Corpo Balança, a Pele Arrepia!” do carnavalesco campeão de São Paulo, Sidnei França.

Como reforços de fora da cidade, além do carnavalesco, a agremiação trouxe o interprete Gilsinho, o casal de porta bandeira e mestre sala carioca da Acadêmicos de Vigário Geral, Jefferson e Paula, dentre outros.

Comissão de frente sem elemento alegórico, composta por dois grupos distintos, que durante a coreografia interagiam entre si.

Primeiro casal de mestre sala e porta bandeira em tons de bege e marrom em sua indumentária, escoltados por guardiões.

Ala de baianas multicolorida com componentes com asas de borboleta no costeiro da bela fantasia.

Carro abre alas de uma beleza impressionante em sua concepção e realização, com fantasias de destaque de muito luxo e composições muito bem vestidas. Uma profusão de animais pré históricos em belas esculturas, plantas e flores e asas de borboleta multicoloridas.

Alas muito bem vestidas e com excelente número de componentes.

De uma beleza impressionante as fantasias do trio que veio a frente da bateria, também muito bem vestida, com a mesma roupa em diferentes cores.

Escola praticamente toda vestida com fantasias da escola Águia de ouro, campeã do carnaval paulista de 2020, já que o carnavalesco das duas agremiações é o mesmo. O mesmo caso para peças que compõem as alegorias da escola, também vindas da Águia de Ouro.

Segundo casal de mestre sala e porta bandeira apresentando bandeira com o enredo da agremiação, vindo ladeados por figuras representando Oxum.

Segunda alegoria também muito bem realizada, predominantemente azul e dourada, com um figura central, como que representando um deus indiano, em azul em posição de meditação.

Último carro na cor vermelha, com cadeiras à semelhança daquelas do programa The Voice da Rede Globo e grandes corações também vermelhos, com belas fantasias de luxo e composições predominantemente em vermelho também.

Fechando a noite de desfiles foi a vez da campeã de 2019 fazer o seu desfile, na busca pelo bicampeonato em 2020.

Os Rouxinóis, encerrando os desfiles desta sexta-feira, trouxeram o tema de enredo “O Feitiço da Lua” dos carnavalescos Severo Luzardo, Cahê Rodrigues, Rafael Gonçalves, Rodrigo Marques, Adriano Amaral e Guilherme Diniz.

Como reforço a este desfile a escola trouxe de fora o primeiro casal de mestre sala e porta bandeira da Beija Flor de Nilópolis carioca, Selminha Sorriso e Claudinho, o intérprete Wantuir, o diretor de carnaval Júnior Schall, dentre outros.

Das mãos dos integrantes da comissão de frente saíam raios de luz branca, tendo a comissão um elemento alegórico. Durante a apresentação do grupo, num momento aparecia um lobisomem, que depois de preso numa espécie de gaiola, voltava a se transformar dessa vez num tipo de mago.

Claudinho e Selminha Sorriso, em fantasia nas cores parta, azul e verde, como sempre fizeram belíssima apresentação e condução do primeiro pavilhão da agremiação.

Pós casal, a abertura da escola utilizou-se de cores claras nas alas que se seguiram, com o verde sempre presente.

Os Rouxinóis trouxeram a figura da porta estandarte.

Carro abre alas muito bem concebido e realizado, com predominância de dourado e prateado, com belas esculturas e iluminação forte em tons claros e muito bem realizada. Muitas composições sobre a alegoria numa profusão de plumas brancas, com fantasias ricas e bem feitas.

Segunda alegoria em tons de verde e laranja, com dragões chineses em belas esculturas nas laterais do carro, com belas fantasias sobre esta alegoria, tanto no topo, quanto nas partes laterais.

Fantasias de alas muito bem confeccionadas, com requintes de ótimo acabamento e luxuosidade.

Destaques de chão, com fantasias muito luxuosas e costeiros gigantes, mas muito bem carregados, dando impressão de leveza.

Terceira alegoria, com pegada indígena, com esculturas já apresentadas na União da Ilha do Governador do Rio de Janeiro. Sobre a alegoria fantasias multicoloridas e bastante ricas na rua realização.

Ala de baianas com fantasias muito bem realizadas em tons de vermelho, amarelo e laranja predominantemente.

Última alegoria desse desfile, com três belas esculturas em sua parte da frente, composições muito bem vestidas e várias fantasias de luxo tornando a alegoria ainda mais bela.

Por Sidnei Louro Jorge Júnior

 

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