Vitória/ES – A segunda noite de desfiles com as Escolas de Samba do Grupo A foi de muita garra e animação…

 

1° Pega no Samba

Enredo: “Enredo: Viva E Deixe-Me Viver , Intolerância Jamais – O Pega Pede Paz”. Compositores: Leandro Maciel, Thiago Meiners, Vinicius Vasconcelos, Rafael Mikaiá, Carlos Jarjura, Vlad Aks e André Cavalcante.

O enredo da agremiação é de autoria do carnavalesco: Oziene Furtado, com a proposta de mostrar a intolerância contra os índios, negros, a mulher e a tão propagada intolerância religiosa no Brasil.

Pessoas em situação de rua também foram encaixadas no enredo.

A agremiação desfilou com cerca de 1000 componentes divididos em três setores. No primeiro setor veio retratada a intolerância contra o índio e negro, segundo intolerância social com a favela como cenário principal e no terceiro setor falou a escola da questão da homofobia, setor este denominado de “HOMOFOLIA”.

A comissão de frente foi coreografada por Marcelo Braga, representando a miscigenação racial, que originou um povo que quer igualdade de direitos.

Alegorias representando bem o que queriam representar, mas com problemas de acabamento.

Destaque para a ala das baianas com fantasias em preto e prata.

Mc do Samba foi a rainha da bateria, que veio com cerca de 80 ritmistas. A bateria encerrou o desfile da agremiação saindo do recuo.

O desfile da Pega no Samba terminou com 56 minutos.

 

“…Meu canto ecoa por igualdade

Sou Pega no Samba num grito de paz

Eu ergo a bandeira, levanto poeira

Intolerância jamais…”

(Pega no Samba/2020)

 

2° Chega Mais

Enredo: “Divina Luz”. Compositores: Katia Maués, Igor de Boni, Léo Reis, Luiz Felipe e Vinicius Moraes Intérpretes: Léo Reis e Luiz Felipe.

A escola é presidida pela Presidente Zezé, que é professora de escola pública e tem uma preocupação de agregar a escola ao cotidiano de sua comunidade. A presidente Zezé veio a frente a escola.

Enredo apresentado pela agremiação, do carnavalesco Wilson, é em homenagem à capixaba Luz Del Fuego, contando sua história desde a infância.

Luz nasceu num primeiro dia de carnaval, na cidade de Cachoeiro. Em determinado momento da vida de Luz ela adotou duas cobras e com elas se apresentava no teatro de revista com roupas de odalisca.

O carro abre alas representa um salão de festa. A segunda alegoria traz o teatro de revista. O terceiro setor retrata a época em que Luz foi para Belo Horizonte e depois Rio de Janeiro. No último setor vem a ilha do sol, ilha esta que Luz recebeu de presente.

A comissão de frente veio com um tripé representando o palco de Luz Del Fuego e as integrantes representam as sacerdotisas babilônicas.

O coronel e a polaca são representados pelo primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira.

A bateria do mestre Jackson veio fantasiada de pára-quedistas com sua rainha mirim Helen Elizabeth. Ao sair do recuo encerrou o desfile da escola

Rita Cadillac representou Luz Del Fuego a frente da última alegoria da escola.

Foi informado que o carnavalesco Wilson está internado em estado grave.

“…Luz del fuego contra base autoritária

Cultivou filosofia libertária

A força de uma mulher que nunca fugiu à luta

O corpo não é uma culpa!…”

(Chega Mais/2020)

 

3° Andaraí

Enredo: Na Pancada da Marvada – Pinga Água Que Passarinho Não Bebe. Compositores: Thiago Bandeira, Lourival das Neves, Lauro, Léo Reis, Thadeu Ronchi, Luiz Felipe e Lolo.

https://www.youtube.com/watch?v=-DYUmTf7Atg

Carnavalesco Alex Santiago, enredo lúdico, mas muito de enredo social e histórico.

O desfile da agremiação contará com 24 alas, três carros alegóricos e um tripé, aproximadamente 1300 componentes, enredo dividido em cinco setores.

Comissão de frente de Jorge Falcão, tendo as figuras do diabo e de Jesus, com o auto popular nordestino sobre a origem da cachaça.

Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira representa a coroa portuguesa e D. Manoel I.

Bateria são os barões do engenho e encerraram o desfile da agremiação, saindo do recuo atrás da última alegoria.

Mãos calejadas para colher é a fantasia da ala de baianas, em tons de rosa.

“…Desde o país colonial

O meu padroeiro é são Benedito

Fé e devoção ao meu santo querido

Na primeira dose um gole pra ti

E quem for beber, não vá dirigir…”

(Andaraí/2020)

4° Rosas de Ouro

Enredo: “Nkinzi a longo a ndombe muna ntima a Ntinu wa Kongo” – Festa de Santo Preto na Coroação do “Rei de Congo”. Compositores: Ito melodia, gugu da candongas, Evandro do cavaco, cadinho da ilha, e Bruno revelação.

A Rosas de Ouro desfilou com cerca de 1000 componentes, 16 alas, dois carros alegóricos e um tripé.

Um dos reforços da escola é o primeiro casal, Cristiano Foguinho e Tuane Serra, vindos do carnaval carioca, que com suas fantasias representaram “o fim do cativeiro acabou com a alforria”.

Quem também retornou à agremiação foi o carnavalesco Willians Silva, que desenvolveu o desfile em 2017.

A escola desfilou com 40 baianas representando a travessia, um mar de lamentações, com fantasias onde predominou o azul como cor destacada.

Bateria representou os navegantes portugueses.

“…Vem o boi todo enfeitado
Trás o mastro em procissão
Pra louvar São Benedito
Santo preto tão bonito
É sua consagração
Bate marimba o som do tambor me chamou,
Neste cortejo divinal
Defendendo a bandeira é nossa resistência cultural…”

(Rosas de Ouro/2020)

 

5° Chegou O Que Faltava

Enredo: “Que Comecem As Apostas: Sorte Ou Azar, Só O Tempo Dirá”. Compositores: Tuninho Azevedo, Girão, Jean Brito, Almeida Júnior, Almir Cruz, Antônio Conceição, Breno Almeida, Beto Azevedo, Neyzinho do Cavaco e João Pedro.

O carnavalesco da agremiação para este carnaval de 2020 é Lucas Santana, com apenas 24 anos.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira representou a Deusa da Fortuna e seu guardião, em belas fantasias douradas.

A agremiação apresentou 17 alas, três alegorias e 1000 componentes.

Desfile dividido em três setores.

A bateria “ritmo nervoso”, com 150 componentes, tem dois mestres no seu comando e durante a passagem da escola executou uma série de paradinhas.

O carro abre alas trás a roda da fortuna.

Com 46 minutos de desfile a bateria saiu do recuo para fechar o desfile da escola.

Com 54 minutos de desfile a escola encerrou a sua participação nesse carnaval de 2020.

“…Preparei meu patuá, a figa de guiné

O trevo da sorte, vamos usar

Buscando a nossa solução

Afastando o mau-olhado

O olho de hórus tem a proteção…”

(Chegou o que Faltava/2020)

 

6° Unidos de Barreiros

Enredo: “A Magia do Tempo”. Compositores: Diley Machado, Thiago Tarlher, André Filosofia, Nando do Cavaco, Leanndrinho LV, André Ricardo, Tuca Maia e Marcinho Diola.

O carnavalesco Douglas Palluzzo, para a apresentação deste enredo trouxe duas alegorias e três tripés. A escola desfilou com cerca de 800 componentes.

O enredo fez a escola passar por várias civilizações para desvendar o mistério do tempo.

A comissão de frente de Samuel Martins trouxe a figura dos senhores do tempo.

O carro abre alas trouxe uma grande escultura do deus Cronos.

As cores predominantes na ala de baianas foi o branco, preto e o vermelho, sendo as baianas as guardiãs de Cronos.

A evolução da escola foi lenta demais até a saída da comissão de frente da pista de desfiles.

A agremiação não apresentou o número mínimo de 25 baianas e por isso deverá ser penalizada.

Mesmo com problemas de evolução a bateria mesmo assim entrou no recuo.

Durante o desfile vários clarões abriram-se no conjunto de alas da escola.

A escola estourou o tempo de 55 minutos de desfile e por isso deverá ser penalizada também.

A escola terminou o desfile com 65 minutos, dez minutos a mais que o limite máximo regulamentar.

“…É o ciclo da vida em cada estação
O índio guerreou, sucumbiu
A crença que cultuou não resistiu
Chega intolerância nunca mais
Oh capitão, a nação exige paz
O samba mandou chamar
De vermelho e branco, em tempo real
Faço o meu carnaval…

(Unidos de Barreiros/2020)

 

7° Mocidade da Praia

Enredo: “Um Mundo Azul Tão Distorcido – No Espelho Seu. Vou Caminhando Junto Aos Meus!”. Compositores: Condongas, Dimmy de Oliveira, Luciano de Paula, Tim e Lolo.

O carnavalesco Carlito Carlos fez a narrativa do enredo através do olhar de um autista.

A agremiação apresentou 17 alas, duas alegorias e dois tripés, além de aproximadamente1050 componentes.

Comissão de frente coreografada por Elídio.

O carro abre alas foi uma representação do reino das águas claras.

O carro de som contou com dois intérpretes de libras.

O segunda carro era uma representação do castelo da inclusão.

A bateria representou os marinheiros, sob o comando do mestre Vinicius.

A escola terminou seu desfile com 54 minutos.

“…No meu horizonte posso não ver nada
E ser tudo fruto da imaginação
Me dê um abraço antes que eu me esqueça
Eu sou uma peça do quebra-cabeça…”

(Mocidade da Praia/2020)

 

O tradicional arrastão de quem ainda estava na passarela de Vitória veio atrás da escola, fechando com chave de ouro o desfile da agremiação.

Logo mais, acontece o desfile das escolas de samba do grupo especial de Vitória, a partir das dez da noite, com transmissão pelo G1, TV Gazeta e TV Educativa do Espírito Santo.

Por Sidnei Louro Jorge Júnior

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp