Déborah Levy – julgadora do Quesito Harmonia.
Nascida e moradora do Rio de Janeiro/RJ, crítica ativa do Governo Bolsonaro e defensora dos ex-presidentes petistas, é formada em Música pela UNIRIO. Possui MBA em Gestão Cultural pela Universidade Cândido Mendes-RJ e Mestrado em Musicologia pela UNIRIO.
Profissional atuante na área de artes, com especialização em música, ênfase em piano, teclado, arranjo e composição musical. Atua profissionalmente na área de música popular desde 1989.
“O Brazilian Jazz na década de 1980 no eixo Rio-São Paulo” e “O Brazilian Jazz no Rio de Janeiro na década de 80 – A mudança de direção de um mercado em ascensão” foram os trabalhos acadêmicos assinados por Déborah.
A carioca estreou como julgadora da LIESA em 2017. E nos 3 anos nessa função, avaliou as escolas de samba do Módulo 1, localizado entre os setores 3 e 5.
Dos 39 desfiles que julgou, concedeu 21 notas máximas. Salgueiro, Beija-Flor, Mangueira e Unidos da Tijuca, são as 4 agremiações que sempre receberam notas 10 de Déborah.
Para as escolas que abrem os desfiles, a julgadora apontou as menores notas: 9,7 para Tuiuti e 9,8 para Ilha em 2017; No ano seguinte 9,8 para Império Serrano, que recebeu 9,7 em 2019 e 9,8 para São Clemente no mesmo carnaval.
Império Serrano, São Clemente e União da Ilha, nunca receberam notas máximas de Déborah. Mas é a Vila Isabel que costuma receber da julgadora as menores notas no Quesito Harmonia, 9,9 em 2019 e 18.
No seu primeiro ano, 2017, concedeu as menores notas entre todos os julgadores de Harmonia para Tuiuti (9,7), Ilha (9,8), Imperatriz (9,9) e Mocidade (9,9). Para Déborah, o Tuiuti não cantou, passou sem empolgação e o samba estava incompreensível. Na Ilha, Ito Melodia estava desafinado e os componentes cantaram apenas o refrão. Neste ano, escreveu nas justificativas que “apesar do incêndio a Tijuca passou bem no Quesito” e não penalizou a escola do Borel que sofreu um acidente no segundo carro, com 12 feridos.
Em 2019, concedeu as menores notas de Harmonia para 5 escolas: Império Serrano (9,7), Grande Rio (9,8), São Clemente (9,8), Mocidade (9,9) e um único 9,9 para Vila Isabel, que recebeu 10 dos outros 3 julgadores.
As agremiações que foram julgadas nesses 3 anos por Déborah e foram mais penalizadas são: São Clemente e União da Ilha. Para a escola de Botafogo costuma justificar “acelerada e canto incompreensível” em 2017 (9,9), “desafinada e sem empolgação” em 2018 (9,8) e “voz feminina menor que os cantores masculinos, além de desafinada” em 2019 (9,8). Para Ilha, “Cantores desafinados e componentes cantaram apenas o refrão” em 2017 (9,8), “canto e bateria sem entrosamento” em 2018 (9,8) e “coro baixo (cantores de apoio)” em 2019 (9,9).
É de Déborah as justificativas: “buracos sem canto” para Imperatriz 2019 (9,8), “samba incompreensível” para Portela e Império Serrano em 2018 (9,9 e 9,8 respectivamente), “Wander Pires cantou mais empolgado o refrão que o restante do samba” na Mocidade de 2017 (9,9) e “voz do intérprete mais alta que dos cantores de apoio” na Imperatriz do mesmo ano (9,9).
Por Thiago Cânepa Amorim