RJ – “Falar de Alcione é um desejo da comunidade e a realização de um sonho”, diz dupla de carnavalescos da Mangueira

No próximo ano, a Estação Primeira de Mangueira vai levar a vida da cantora Alcione para a Marquês de Sapucaí. Convidada em outras gestões e sempre recusando, desta vez a cantora aceitou a proposta dos carnavalescos, Guilherme Estevão Annik Salmon, e da atual presidente da verde e rosa, Guanayra Firmino.

Consagrada por fazer grandes homenagens, a Mangueira foi campeã seis vezes com este tipo de enredo. O ultimo foi em 2016, quando levou Maria Bethania para ser ovacionada na avenida.

Na nossa primeira experiência na escola, eu e Guilherme atendemos o pedido da comunidade em fazer enredo com identidade da Mangueira. Agora no nosso segundo ano, vamos atender o pedido em fazer mais um enredo que é a cara da escola. A homenagem à grande artista Alcione era uma vontade da presidente, uma vontade minha e também do Guilherme. O enredo de 2024, acima de tudo, era um sonho da comunidade e dos torcedores mangueirenses“, diz Annik Salmon, em nome da dupla.

Dona de uma voz inconfundível, responsável por grandes sucessos e uma das mais notórias sambistas do país, atingindo a marca de 42 discos gravados (26 deles Discos de Ouro, com mais de 100 mil cópias vendidas), Alcione completou 50 anos de carreira. A dupla de artistas já iniciou os trabalhos de pesquisas, que vão dar o recorte final para o desfile da verde e rosa em 2024.

Foto J.M. Arruda

“Tudo está ainda em nossas cabeças, nada no papel. Estamos em fase de estudo e de estruturação do projeto, tudo ainda bem cru e no embrião do que será o desfile. Eu, Guilherme e Estefani, nossa pesquisadora, estamos coletando informações, conversando muito com as pessoas próximas à Alcione e pretendemos fazer uma viagem ao Maranhão, estado natal da homenageada”, explica a artista.

Mangueirense de coração e uma das estrelas da verde e rosa, em 1987, Alcione participou da fundação da escola de samba mirim Mangueira do Amanhã, e hoje é presidente de honra. Em 1989 foi homenageada pela Independentes de Cordovil. Em 1994 foi novamente homenageada pela Unidos da Ponte e no carnaval de 2018, a tradicional escola de samba de São Paulo, Mocidade Alegre, homenageou os 70 anos de vida e os 45 anos de carreira da cantora, com o enredo “A voz marrom que não deixa o samba morrer“.

“Quando se homenageia um artista em vida, é muito mais interessante, a responsabilidade é muito enorme por que ela é a grande Rainha da Mangueira, sendo responsável por levar o nome da escola para o Mundo”, completa a carnavalesca.

Em 2023, a Estação Primeira de Mangueira foi a quinta colocada no Grupo Especial do Rio de janeiro com o enredo “As Áfricas que Bahia canta”. Alcione desfilou no tripé de abertura. O lançamento do enredo para o próximo carnaval, será no dia 28 de abril, quando a Estação Primeira Mangueira completará 95 anos de fundação.

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