Fundada em 04 de Abril de 1946 e detentora de três campeonatos no Grupo Especial, a Unidos de Vila Isabel optou por manter toda a equipes que atuou no carnaval de 2023, quando ficou com a terceira colocação no principal grupo do carnaval carioca.
Para o próximo ano, o Presidente Luiz Guimarães renovou com o intérprete Tinga. O cantor foi revelado pela escola no inicio dos anos 2000. Após um breve afastamento, retornou à azul e branca em 2019. Bastante criticado no pré carnaval, o samba-enredo de 2023 foi avaliado com as notas: 9.8, 9.8, 9.9, 10.0. Em contrapartida a interpretação de Tinga rendeu elogios da mídia especializada.
Estreantes em 2023, no comandando da Comissão de Frente da Vila, Alex Neoral e Márcio Jahú seguem na escola. Alex já havia assinado a comissão de frente da agremiação no carnaval 2018. Uma das sensações do desfile deste ano, a Comissão de Frente encenava uma festa para o Deus Baco. A perfomance foi avaliada com três notas máximas e um 9.9, que foi descartado.
Juntos na Vila desde o carnaval de 2022, o casal Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas seguem com a missão de defender o quesito Mestre Sala e Porta Bandeira em 2024. No ultimo carnaval, acompanhados de 18 guardiões, a dupla trocou de roupa diante a cabine dos julgadores. A ousadia rendeu duas notas máximas e duplo 9.9.
Comandando a bateria “Swingueira de Noel” desde o carnaval de 2019, Mestre Macaco Branco também permanece no cargo. Revelado na agremiação, o mestre já foi ritmista da escola, diretor de bateria e diretor musical. Em 2023 realizou mais um excelente trabalho, coroado com três notas máximas e um 9.9, este ultimo descartado.
Após ocupar o posto de Rainha de Bateria em 2011 a 2019, a apresentadora Sabrina Sato retornou ao cargo em 2022, e está mantida para mais uma temporada brilhando com os ritmistas da “Swingueira de Noel”.
Moisés Carvalho segue na Direção de Carnaval da Unidos de Vila Isabel. Sob sua supervisão, o quesito Evolução alcançou três notas máximas e um 9.9 (descartado). A mesma pontuação foi alcançada no quesito Harmonia.
Outro que também está confirmadíssimo é o carnavalesco Paulo Barros. Responsável por um dos desfiles mais surpreendes do ultimo carnaval, o artista vai para mais uma temporada na escola de Martinho da Vila. No quesito fantasias, o artista recebeu todas as notas máximas. Em Alegorias e Adereços três notas 9.9 e um 10. No quesito Enredo, o projeto “Nessa Festa, Eu Levo Fé!” levou duas notas 10 e duplo 9.9.
Em recente aparição, na feijoada da coirmã Salgueiro, Paulo confessou que já trabalha para divulgar o enredo de 2024.
Conhecida mundialmente através de seu filho ilustre, o cantor e compositor Martinho da Vila, a agremiação, situada na zona Norte do Rio, parte para o próximo carnaval carregando 77 anos de glórias e conquistas entre as principais escolas de samba do Rio de Janeiro.
“Sou da Vila não tem jeito, comigo eu quero respeito que meu negócio é sambar“ – 77 Anos de Fundação!
Um pintor natural do Morro do Salgueiro, na Tijuca, é o responsável pela fundação do Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Isabel. Em 1945, Antônio Fernandes da Silveira, conhecido como Seu China, devido aos olhos puxados, mudou-se para o Morro dos Macacos, em Vila Isabel, e logo teve contato com os blocos carnavalescos do local.
Acreditando que o bairro de Noel Rosa, que morreu 11 anos antes da fundação da agremiação, merecia ter sua própria escola de samba. Foi então que, no quintal de casa na Rua Senador Nabuco (número 248, na subida do Morro), juntou-se um grupo de amigos e fundou a Unidos de Vila Isabel em 4 de abril de 1946. O primeiro enredo da escola, “De escrava a rainha” (1947) contou com apenas 100 componentes desfilando na Praça Onze: 27 ritmistas, 13 baianas e mais 50 pessoas.
Uma das figuras mais conhecidas da escola é, sem dúvida, Martinho da Vila. Ele fazia parte da Escola de Samba Aprendizes da Boca do Mato, quando surgiu o convite para integrar a ala de compositores da Vila Isabel. No carnaval de 1967, Martinho viu seu primeiro samba-enredo “Carnaval das ilusões” servir um desfile da escola que integra seu nome artístico. De lá pra cá foram varias obras assinadas para carnavais da Vila.
Em sete décadas, a Vila Isabel conquistou três campeonatos incontestáveis no Grupo Especial – 1988 (“Kizomba, a festa da raça“), 2006 (“Soy loco por tí, América: A Vila canta a latinidade“) e 2013 (“A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo – Água no feijão que chegou mais um“).